Avaliação neuropsicológica de crianças e adolescentes com anemia falciforme: casuística de ambulatório de referência da cidade de Salvador, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Samantha Nunes
Orientador(a): Sena, Eduardo Pondé de
Banca de defesa: Sena, Eduardo Pondé de, Vieira, Nayara Silva Argollo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia.
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas.
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20194
Resumo: Este estudo teve como objetivo investigar o desempenho cognitivo e intelectivo de crianças e adolescentes com Anemia Falciforme (AF). Quinze indivíduos com AF foram avaliados e caracterizados em relação a aspectos socioeconômicos, clínicos e perfil comportamental. Os resultados indicaram que os participantes com histórico de acidente vascular encefálico apresentaram menores índices de quociente intelectual (QI). Foram observadas alterações na atenção/funções executivas, linguagem, memória verbal e visual, raciocínio visuoespacial e habilidade sensório-motora. Estas alterações foram vistas nas crianças e adolescentes com ou sem infartos cerebrais, bem como naquelas com ou sem alterações no Doppler transcraniano. Dificuldade de aprendizagem, histórico de repetência escolar e necessidade de suporte educacional especializado foram identificados na maior parte dos casos. Diagnósticos adicionais mais frequentes segundo o DSM-IV foram: Transtorno Depressivo, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Somático, quadros associados à AF e suas repercussões físicas e psicossociais. Concluiu-se que por ser considerada vasculopatia cerebral progressiva, AF é fator de risco potencial para o desenvolvimento neurocognitivo e psicossocial. Deste modo, a avaliação neuropsicológica e comportamental periódica de crianças e adolescentes com AF pode ser uma medida útil para diminuir repercussões biopsicossociais a longo prazo.