Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nery, Fernanda Barboza de Carvalho |
Orientador(a): |
Costa, Suzane Lima |
Banca de defesa: |
Vieira, Nancy Rita Ferreira,
Moreira, Jailma dos Santos Pedreira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31593
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Resumo: |
A presente dissertação expõe uma análise acerca da elaboração do corpo feminino na obra Woman at Point Zero, da escritora egípcia Nawal El Saadawi (2008). Com o objetivo de discutir as estratégias poéticas que constroem esta imagem, busco compreender como podem se constituir os diálogos capazes de indicar a supervivência feminina por meio de uma plasticidade artística, destacando sua marca de resistência, transgressão e ruptura. A fim de estruturar tal problematização, utilizo como método de pesquisa os ecos produzidos pela escritora no tocante às valorações e afetos do corpo, representado no livro, sobretudo, através da personagem Firdaus, cujo corpo é marcado pela circuncisão e pela violência concebidas pela patriarquia (esse projeto de poder que atua na sociedade como um sustentáculo do sistema neocolonial). No cerne das violações sofridas pela protorganista, a presente pesquisa trouxe para o âmago de suas análises, uma característica primordial aos estudos que acompanham as lutas feministas: o antagonismo à dor imposta ao seu corpo, que dimensiona Firdaus em um patamar reativo, sob a capa do renascimento diante do mundo androcêntrico. Dito isso, por entender o estudo do feminino como essencial para a compreensão da obra de Nawal El Sadaawi (2008) e devido à relevância que atribuo ao posicionamento do corpo enquanto substância poética e política, estruturo esse trabalho nos pressupostos da crítica feminista. Recorro a nomes como Angela Davis (2016, 2017), Djamila Ribeiro (2017), Sandra Gilbert e Susan Gubar (1979), dentre outras, e também aos demais pensadores dos afetos como Baruch Espinosa (2003, 2009) e Vladimir Safatle (2018). |