Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, José Fredson Souza
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Orientador(a): |
Moura, Mauro Castelo Branco de
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Banca de defesa: |
Moura, Mauro Castelo Branco de
,
Souza, José Crisóstomo de
,
Albinati, Ana Selva Castelo Branco
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41121
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Resumo: |
Este trabalho visa a investigar o problema do determinismo no pensamento de Marx, limitando-se a alguns textos escritos no período que se estende de 1840 à 1846. A teoria desenvolvida por Marx é, em muitos momentos, entendida ou definida como um determinismo rígido, estrito, isto é, como uma filosofia do sentido ou do arremate da história. Acreditamos que a filosofia de Marx não se configura em um determinismo rígido ou uma filosofia da história porque está fundamentada no processo de autocriação por parte dos homens, processo este que tem como base a materialidade das relações humanas. Sustentamos esta visão porque como ele afirma a história não passa de simples “sucessão de gerações”. Portanto, ela não tem um sentido em si mesma, a história não tem nenhum significado além daquele que os homens lhe conferem nos seus vários estágios de desenvolvimento. Segundo Marx, a história não se constitui com “variações únicas”, ela se dá a partir de variações fundamentadas nas várias possibilidades que são intrínsecas aos processos que constituem a atividade humana. É por esse motivo que o fundamento da história deve ser a base material das relações e dos modos de produção humanos. Essas relações e esses modos de produção não se constituem em um processo fechado, acabado em si mesmo, mas seguem a dinâmica natural da atividade humana, este processo é progressivo, mas nem por isso se constitui em um determinismo histórico rígido, onde cada novo resultado da história já se achava prescrito no livro sagrado da história. Assim, acreditamos a teoria da história apresentada por nosso autor como passagem a uma visão de história que não promete nenhuma salvação e que se apresenta como um devir incerto, ou seja, não há uma razão na história ou regendo a mesma. Parece-nos que o pensamento de Marx se aproxima mais de uma teoria crítica da luta social e da mudança do mundo, do que propriamente de um sistema doutrinário. |