Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lima, Jéssica Da Mata |
Orientador(a): |
Diniz, Alisson Duarte |
Banca de defesa: |
Diniz, Alisson Duarte,
Oliveira, Cristiane Valéria de,
Nunes, Fábio de Carvalho |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25602
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Resumo: |
O levantamento pedológico pode contribuir em estudos ambientais, para fins agrícolas e não-agrícolas, principalmente, como subsídio ao planejamento mais adequado do uso e da ocupação, favorecendo a exploração sustentável dos solos, bem como a recuperação de áreas degradadas. Do mesmo modo, a apreensão da distribuição espacial dos solos pode auxiliar efetivamente o planejamento e gestão de áreas extremamente frágeis às interferências antrópicas, como as zonas litorâneas. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento pedológico da APA Litoral Norte da Bahia, entre os rios Pojuca e Imbassaí, e relacionar as classes de solos às superfícies geomórficas. Para o alcance dos objetivos foram mapeados os grandes compartimentos geomorfológicos e formas de relevo, assim como as classes de solos da área de pesquisa. Foram realizadas seis amostragens nos Tabuleiros Costeiros Preservados, dez nos Tabuleiros Costeiros Dissecados e três na Planície Litorânea. Além disso, foram observados 14 perfis de solos por meio de cortes de estrada e tradagens. As amostras de solos foram encaminhadas ao laboratório para a realização de análises físicas e químicas. Com os resultados elaborou-se um perfil geoecológico e um quadro geoambiental para a compreensão da paisagem de forma integrada. A partir do mapeamento dos compartimentos geomorfológicos, foi possível identificar três grandes unidades: Tabuleiros Costeiros Preservados, Tabuleiros Costeiros Dissecados e Planície Litorânea. As análises pedológicas foram realizadas tomando como base essas três unidades e as formas do relevo (topos tabulares e convexos, encosta côncavas e convexas e sopés). Assim, nos topos e nas encostas côncavas dos Tabuleiros Costeiros Preservados foram identificados Espodossolos Ferrilúvicos Órticos dúricos, Espodossolos Humilúvicos Órticos arênicos e Espodossolos Humilúvicos Órticos dúricos. Nas encostas convexas dessa unidade foram mapeados Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos abrúpticos e Cambissolos Háplicos Tb Distróficos típicos. Nos topos tabulares estreitos e nas encostas côncavas dos Tabuleiros Costeiros Dissecados foram mapeados Argissolos Amarelos Distrocoesos abrúpticos. Já nas encostas convexas dos Tabuleiros Costeiros Dissecados foram descritos Cambissolos Háplicos Tb Distróficos petroplínticos. Nas vertentes com topos e encostas convexos dos Tabuleiros Costeiros Dissecados, os solos descritos foram classificados como Argissolos Vermelhos Distróficos típicos. Nos leques aluviais, que também fazem parte dos Tabuleiros Costeiros Dissecados, foram classificados os Neossolos Quartzarênicos Órticos latossolólicos e Neossolos Quartzarênicos Órticos típicos. Na base das vertentes de ambos os Tabuleiros Costeiros foram descritos Gleissolos Háplicos Tb Distróficos típicos. A Planície Litorânea, por sua vez, foi dividida em três unidades, a área de inundação, os terraços arenosos e os manguezais. Os Espodossolos Humilúvicos Órticos arênicos e Gleissolos Háplicos Tb Distróficos típicos foram encontrados na área de inundação. Os solos dos terraços arenosos foram classificados como Neossolos Quartzarênicos Órticos típicos e nos manguezais os solos foram classificados como solos indiscriminados de mangue. Os sedimentos do Grupo Barreiras e dos Depósitos Quaternários, cujo material já era pobre em bases, originam solos também pobres em bases trocáveis, com baixa capacidade de troca catiônica, baixa saturação por bases e, consequentemente, baixa fertilidade. A interpretação dos resultados possibilitou confirmar a relação entre as formas do relevo e as classes pedológicas e permitiu a compreensão de que, em cada unidade geológico-geomorfológica há uma dinâmica pedológica diferenciada. Assim, a hipótese de que as unidades geológico-geomorfológicas condicionavam e eram condicionadas pela evolução e funcionamento pedológico pôde ser confirmada com o levantamento e mapeamento pedológico. |