Efeitos do treinamento muscular respiratório sobre a função pulmonar e a tolerância ao exercício em pacientes pós-AVC: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira Neto, Fleury lattes
Orientador(a): Ribeiro, Nildo Manoel da Silva lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Nildo Manoel da Silva lattes, Correia, Helena França lattes, Santos, Juliana Costa lattes, Coêlho, Marilia Lira da Silveira lattes, Santos, Pietro Araújo dos lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35351
Resumo: FERREIRA NETO, F. Efeitos do treinamento muscular respiratório sobre a função pulmonar e a tolerância ao exercício em pacientes pós AVC: uma revisão sistemática. 2021. 82f. (Tese) Doutorado em Processos Interativos de Órgãos e Sistemas – Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia. Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma lesão de origem vascular com alterações ao nível estrutural e funcional do sistema nervoso central, a qual afeta múltiplos aspectos do paciente desde as funçõesmotoras, sensoriais, linguísticas, emocionais e cognitivas. Além destas deficiências, é comum esses pacientes apresentarem redução da aptidão cardiorrespiratória, como consequência do acometimento muscular periférico somado ao respiratório. Desta forma o treinamento muscular respiratório (TMR) aparece como uma alternativa de tratamento a ser incrementado ao plano terapêutico. No entanto, há uma escassez de evidências científicas sobre os efeitos associados aos tipos de carga resistiva e intensidade do TMR, associados ou não ao tratamento neurofuncional, sobre as funções pulmonares e na tolerância ao exercício. Portanto, o presente estudo buscou sistematizar as evidências mais recentes sobre os efeitos do treinamento muscular respiratório para melhorar a função respiratória e a tolerância ao exercício em pacientes pós-AVC. Método: O presente estudo, em um primeiro momento, investiga a luz da literatura, através de um estudo de revisão sistemática, os efeitos do TMR sobre a ventilação pulmonar de pacientes pós AVC (Artigo 1). Num segundo momento, foi realizada uma nova investigação na literatura cientifica, com objetivo de avaliar os efeitos do TMR com carga linear sobre a tolerância ao exercício de pacientespós AVC subagudo a crônico (Artigo 2). Ambos os estudos respeitaram os critérios do PRISMA. Os artigos foram pesquisados nas bases de dados BVS (Scielo, Lilacs, IBECS, Medline)e PubMed entre o período de janeiro de 2019 a junho de 2020 (artigo 1) e janeiro a outubro de 2021 (artigo 2), com limitação no idioma e sem limitação no período em que os estudos foram publicados. Foram incluídos, ensaios clínicos controlados randomizados que utilizaram algum método de TMR independente do tipo de carga (artigo 1) e especificamente com carga linear (artigo 2), e que avaliaram a tolerância ao exercício (artigo 2), idade 3 18 anos e pós-AVC subagudo a crônico. Resultados: no total de 8341 estudos foram rastreados e analisados, sistematizado os resultados de 25 estudos sobre os efeitos do TMR em pacientes pós- AVC, o intervalo de anos das publicações variou entre 2010 e 2021. O tamanho amostral variou de 12 a 82 participantes, de ambos os sexos, e, em quase a totalidade, foram utilizados dois grupos, um experimental e um grupo-controle, sendo que quatro estudos incluíram um terceiro grupo placebo ou com outro método terapêutico. Conclusão: o TMR provoca efeitos benéficos tanto na função pulmonar quanto na tolerância ao exercício. A melhora dos marcadores ventilatórios volumes, capacidades e fluxos e os marcadores de força muscular respiratória PIMáx e PEMáx foram os benefícios mais citados. E quanto a tolerância ao exercício, o TMR quando associado ao tratamento com fisioterapia neurofuncional, apresentou melhor resposta, principalmente quando prescrito o TMR com intensidades mais elevadas.