Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Miller Fontes
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Orientador(a): |
Silva, Gilberto Tadeu Reis da
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Banca de defesa: |
Silva, Gilberto Tadeu Reis da
,
Teixeira, Giselle Alves da Silva
,
Luchesi, Luciana Barizon
,
Porto, Fernando Rocha Porto
,
Nascimento, Leonardo Fernandes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38492
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Resumo: |
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, documental, exploratória com abordagem baseada no processo de investigação histórica que teve como objetivo analisar a imagem da enfermeira divulgada no jornal O Estado de São Paulo no período de 1970 a 1999. Utilizamos como fonte de dados todas as edições publicadas pelo jornal nos 30 anos compreendidos entre 1970 e 1999, totalizando 10.950 edições publicadas no recorte temporal estudado. A coletade dados foi realizada por meio de técnicas de webscraping, uma técnica proeminente para a coleta automatizada de dados on-line. Adotamos, como critério de inclusão a menção aos termos “enfermeiro” ou “enfermeira”, bem como ambas as palavras nos seus respectivos plurais, em qualquer momento do texto. Deste modo, o corpus de análise foi composto por 2.528 notícias. Identificamos uma média de sete notícias por mês a respeito da enfermeira. Entretanto, em 90,3%, a enfermeira foi apenas mencionada no texto, sem nenhum destaque ou relação com a notícia principal. Além disso, a maior parte das matérias foi veiculada na seção classificados, no formato de artigo ou coluna, que, por característica constitutiva, traz a opinião do autor sobre determinado tema. Nas notícias em que foi a figura secundária ou principal, identificamos características que remetem à dimensão cognitiva daimagem que foram agrupadas nas categorias de análise: Submissão à categoria médica; Representações dicotômicas: de anjos a demônios; A desvalorização do trabalho da enfermeira; A enfermeira profissional; A enfermeira consciente do seu papel político. Podemos inferir, com base nos dados analisados, que apesar do significativo quantitativo de notícias publicadas a respeito do tema durante o período analisado, isso pouco contribuiu para a construção da imagem da enfermeira enquanto profissional de saúde na sociedade brasileira porque a maior parte das notícias apenas mencionou a enfermeira no texto ou utilizou o termo para caracterizar um objeto ou situação. Além disso, as características das enfermeiras apresentadas nas notícias analisadas remetem a uma imagem ainda romantizada e distante da realidade do mundo do trabalho vivenciado pelas enfermeiras, reforçando antigos estereótipos ligados ao feminino e ao trabalho doméstico. Defendemos que é preciso abrir caminhos para o fortalecimento da imagem desta profissional enquanto trabalhadora que desempenha papel central em qualquer sistema de saúde. São profissionais que estão presentes em quase todos os serviços de saúde, de maneira contínua, todos os dias da semana. Elas representam o elo entre os diversos profissionais de saúde na condução dos processos de cuidados e ocupam, cada vez mais, espaços na gestão de serviços e sistemas de saúde. |