A distintividade das vogais anteriores do inglês na comunicação de falantes do português

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Lima, Joceli Rocha
Orientador(a): Teixeira, Elizabeth Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29810
Resumo: Esta Dissertação busca discutir a questão do ensino de pronúncia no processo de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, com ênfase específica no aprendizado de inglês por falantes de português. O trabalho apresenta diferentes linhas de pensamento acerca do ensino de pronúncia, apontando a mudança de visão acerca do tema ocorrida ao longo do tempo e, principalmente, salientando que estudos recentes o apontam como um componente importante dentro da sala de aula, pois, o que está em foco agora é o sentido das palavras que, corretamente pronunciadas, refletem uma maior habilidade comunicativa por parte do falante/aprendiz. Nesta perspectiva, a revisão de literatura do presente trabalho ainda discute as possíveis relações entre a aquisição e o aprendizado de línguas e trata da delimitação do seu objeto de estudo: as quatro vogais anteriores do inglês \i\, \I\, \E\ e \œ\, em posição de contrastividade. Tendo em vista a complexidade dessas questões, buscou-se investigar o modo de produção dessas vogais pelos falantes brasileiros e a contribuição do ensino de sua pronúncia, uma vez que \I\ e \œ\ não estão presentes no Português do Brasil (fato que impõe maiores dificuldades de produção ao falante), para que o aprendiz brasileiro de inglês possa ter uma comunicação mais eficiente na língua estrangeira em questão, em termos da redução ou eliminação de equívocos provocados pela não distinção adequada das vogais supracitadas. A pesquisa foi realizada na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, e contou com a participação de seis alunos do curso de Letras como sujeitos do estudo. Três desses sujeitos foram submetidos a um período de intervenção durante o qual as vogais foram trabalhadas. Com base nos dados coletados, verificou-se que esses sujeitos passaram a registrar um maior volume de realizações adequadas das vogais \I\ e \œ\ após a intervenção. Esses dados foram comparados aos dos outros três sujeitos (não submetidos à intervenção), os quais não apresentaram um desempenho tão satisfatório. Pode-se ainda verificar que, os volumes de realizações adequadas das vogais são muito maiores nas situações de fala controlada (durante exercícios e leituras) do que nas de fala espontânea (diálogos). Em função da melhoria observada no desempenho dos sujeitos submetidos à intervenção, sugere-se a tomada do ensino de pronúncia como um componente indispensável na sala de aula de língua estrangeira, desde que sob o foco de elemento determinante do significado das palavras.