Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Patrocínio, Letícia Rizzetto
 |
Orientador(a): |
Dodonov, Pavel |
Banca de defesa: |
Dodonov, Pavel,
Sousa, Juliana Hipólito de,
Maia, Margareth Peixoto |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ecologia – Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental - MPEAGeA
|
Departamento: |
Instituto de Biologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36411
|
Resumo: |
A Mata Atlântica brasileira atualmente está altamente degradada e fragmentada, com apenas 28% de sua cobertura original de vegetação. As queimadas são um dos fatores que influenciam e tendem a aumentar o desmatamento, devido às mudanças climáticas e crescente impacto antrópico nos ambientes naturais. Todavia, a vegetação de Mata Atlântica, diferente de alguns outros biomas, não possui adaptações necessárias para sobreviver ao fogo, dessa maneira, os impactos gerados pelo fogo são mais intensos. Ademais, características da paisagem como a densidade de rodovias, porcentagem de cobertura vegetal, densidade de bordas, presença de áreas de pastagem e de áreas protegidas têm o potencial de influenciar na dinâmica dos incêndios florestais. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a dinâmica espaço-temporal do fogo e a estrutura das paisagens localizadas na Mata Atlântica costeira do estado da Bahia. Para isso, apresentamos características gerais de um histórico de 35 anos das paisagens da região, com base em dados de sensoriamento remoto obtidos a partir do MapBiomas e análises de como essas características influenciam na ocorrência, frequência de fogo, extensão e proporção das áreas queimadas. No geral, observamos um padrão de diminuição de ocorrência e frequência de fogo, no entanto, nos últimos 5 anos identificamos o padrão oposto. Em paisagens ocupadas por pastagem e vegetação com alta a intermediária cobertura e alta densidade de borda identificamos uma relação maior com o aumento da ocorrência de fogo e extensão das áreas queimadas. Paisagens com maior densidade de rodovias foram indicativos de maior ocorrência de fogo. Proporcionalmente à quantidade de vegetação na paisagem, áreas com maior cobertura vegetal apresentaram menos queimadas. Somente durante os últimos 10 anos (2010 a 2020) houve diminuição de ocorrência de fogo nas paisagens devido à presença de Unidades de Conservação de Uso Sustentável, principalmente devido às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) criadas durante esse período. Portanto, o estudo permitiu identificar espacialmente os maiores focos de queimadas da Mata Atlântica da Bahia, um padrão de redução de fogo durante os 35 anos analisados e relações de aumento de fogo em paisagens caracterizadas por maior quantidade de pastagem, bordas e rodovias, e menor proporção de vegetação. Nesse sentido, recomendamos ações voltadas à conservação e restauração do bioma voltadas à fiscalização e gestão de fogo e a criação de mais unidades de conservação na região, juntamente com instrumentalização e melhorias na gestão das já existentes. |