Correspondências pessoais ajudam a criar instituições: Pierre Verger, o Museu Afro-Brasileiro e sua rede de colaboradores (1972-1976)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Matos, Thiara
Orientador(a): Lühning, Angela Elisabeth
Banca de defesa: Ceravolo, Suely Moraes, Cunha, Marcelo Bernardo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Estudos Étnicos e Africanos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15023
Resumo: O presente trabalho investiga o funcionamento de uma rede de intelectuais e artistas atuantes no Brasil e na África Ocidental, que incluía o fotógrafo e pesquisador Pierre Verger em uma posição central, durante a criação do Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia entre 1972 a 1976. O MAFRO foi constituído inicialmente pelo MRE e pelo CEAO, com o objetivo de estimular o intercâmbio acadêmico e cultural Brasil-África e o desenvolvimento de estudos afro-brasileiros no país. O pesquisador vinculou-se à iniciativa no início dos anos 70. Ele já havia colaborado anteriormente com muitos museus, e se relacionava com diversas instituições e personalidades ligadas ao meio, além de colecionadores, africanistas, escultores e ferreiros. A pesquisa foi realizada com base na análise de um conjunto de cartas pessoais do fotógrafo, selecionadas a partir de uma amostra de 1872 correspondências do seu arquivo, localizado na Fundação Pierre Verger. Esta documentação foi complementada por fontes si-milares e diversas, que foram consultadas no mesmo local e nos arquivos do CEAO e do MAFRO. Os resultados obtidos revelaram que muitos dos indivíduos envolvidos nos prepara-tivos para a instalação do Museu Afro-Brasileiro, tinham algum tipo de vínculo afetivo ou profissional com o pesquisador. O estudo revelou ainda que a colaboração de Pierre Verger e os demais sujeitos com o Museu assumiu predominantemente um caráter informal, sendo par-te de uma ação entre amigos com afinidades e interesses em comum.