Cartografia política de Judth Butler: entre subjetividades e identidades.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Bethânia Alves Pereira de lattes
Orientador(a): Aggio, Juliana Ortegosa lattes
Banca de defesa: Pereira, Leonardo Jorge da Hora lattes, Marinho, Cristiane Maria lattes, Aggio, Juliana Ortegosa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39469
Resumo: Esta dissertação tem por propósito examinar a hipótese segundo a qual a desestabilização do sujeito de identidade proposta pela filósofa Judith Butler pode proporcionar aberturas ou fissuras fundamentais para uma ação e discurso radical, ultrapassando as políticas de identidade. A crítica ao sujeito de gênero, fundamental para a política de identidade do feminismo, provoca um debate a partir da categoria de “Mulher”. Butler refuta a identidade de gênero na sua acepção metafísica e irá propor uma abordagem da mesma enquanto performativa. Seu pensamento, contudo, sofre um giro normativo a partir dos anos 2000, que a faz aprofundar o conceito de identidade performativa sob um enfoque ético. Desta maneira, a filósofa irá propor como fundamento comum a todos os seres vivos a condição precária da vida. Tendo em vista a fundamentação do valor da vida e da sua exposição à precariedade, Butler vai além da sua teoria performativa de gênero, propondo uma teoria da performatividade coletiva e plural, para pensar os corpos nas reunidos em assembleia. Assim, este trabalho tem como estrutura a discussão da história do sujeito de direito e seu desenvolvimento na teoria política moderna, para então iniciar uma investigação sobre a categoria de sujeito na contemporaneidade. Em seguida discutiu-se, também, a crítica à Ontologia de gênero de Beauvoir, seguida da elaboração da identidade performativa de gênero. E, por fim, esta dissertação é finalizada com a reflexão sobre o giro normativo de Butler, a partir dos conceitos de luto e precariedade, e como esses podem auxiliar (ou não) a pensar um ponto de convergência comum para as lutas contemporâneas, que transcenda o sujeito de identidade.