Avaliação da expressão imunoistoquímica das proteínas β-catenina e wnt-5a em carcinoma escamocelular de boca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Weyll, Bárbara Mayoral Pedroso lattes
Orientador(a): Ramalho, Luciana Maria Pedreira lattes
Banca de defesa: Ramalho, Luciana Maria Pedreira lattes, Barbosa Júnior, Aryon de Almeida lattes, Freitas, Roseana De Almeida lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde 
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40829
Resumo: O carcinoma escamocelular é o tipo histológico de câncer mais prevalente na região cabeça e pescoço. Devido a evolução surpreendentemente agressiva de alguns tumores, faz-se necessário o melhor entendimento do seu comportamento biológico dessa lesão, o que é possibilitado dentre outros, por estudos imunoistoquímicos. A proteína Wnt-5a é um dos membros da família Wnt que frequentemente apresenta sua expressão reduzida em vários cânceres humanos, e esta proteína pode regular a expressão gênica através de um mecanismo dependente da β-catenina. O presente estudo analisou a imunoexpressão das proteínas Wnt-5a e β-catenina em trinta e seis casos de carcinomas escamocelulares de boca. Verificou-se que a graduação predominante do tumor foi a moderadamente diferenciada (75,00%) e que a média de idade dos indivíduos acometidos foi 60 anos sendo a localização preferencial a língua (38,89%). Em relação a imunoexpressão dos tumores para β-catenina, observou-se que todos os tumores bem diferenciados exibiram maior marcação em membrana plasmática, enquanto os tumores moderadamente e pouco diferenciados apresentaram predomínio pelo padrão de marcação citoplasmático com menos de 20% do núcleo, 77,78% e 83,33%, respectivamente. Com referência a imunoexpressão da Wnt-5a, constatou-se que a maioria da amostra (86,00%) apresentou mais de 70% das células marcadas, sendo o padrão de marcação predominantemente citoplasmático o mais prevalente (61,11%). Verificou-se ainda, que tumores cujas células expressaram Wnt-5a em baixa intensidade foram os que apresentaram menores médias percentuais de células marcadas (ANOVA, p=0,000). Diferença estatística também foi observada quando comparada a média do percentual de células marcadas na localização de palato com as de língua, rebordo alveolar inferior e assoalho bucal (ANOVA, p=0,004), sendo que essas duas últimas regiões foram as que obtiveram menores médias de percentuais de células marcadas. A perda de diferenciação tumoral relacionou-se à maior imunoexpressão da β-catenina em citoplasma e núcleo celular, sugerindo que durante a carcinogênese ocorra a inibição da degradação desta proteína, resultando em sua migração para o núcleo. Não foi observada relação concreta da possível influência da Wnt-5a na sinalização da β-catenina. Os resultados deste trabalho sugerem que, em carcinomas escamocelulares de boca, estas proteínas atuam de forma independente.