Entre palavra e imagem: um espaço possível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Souza, Maria Julia Alves de
Orientador(a): Hazin, Elizabeth de Andrade Lima
Banca de defesa: Hazin, Elizabeth de Andrade Lima, Herrera, Antonia Torreão, Silva, Elaine Figueira Norberto, Gama, Albertina Ribeiro da, Szmrecsanyi, Maria Irene de Queiroz Ferreira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29249
Resumo: O objetivo deste trabalho é a tentativa de propor o conceito de texto-objeto como instrumento de análise de universos intersígnicos, nos quais palavra e imagem se entrelacem. Tal conceito resulta complexo em diversos sentidos: abrange muitos elementos – além das idéias de palavra e imagem, diz respeito às fronteiras com a arte, literatura, comunicação -; é observável sob diferentes aspectos e apresenta seus elementos de modo intrincado. Daí termos julgado importante a apresentação, aqui, de uma reflexão sobre as transformações do pensamento ocidental ocorridas desde o final da Era Medieval até a realidade contemporânea, a partir justamente da história das transformações da relação entre palavra e imagem. A compreensão da realidade atual não pode pretender espelhar o real, mas deve estar fundamentada na vida concreta, segundo parâmetros sempre móveis. O pensar o mundo e o agir no mundo devem ser legitimados, portanto, pelo contexto presente. Dadas essas condições e limites do pensar hoje, as questões sobre linguagem se impõem como fundamentais. A partir da noção de contingência como diferenciadora da Pós-Modernidade, tomamos como parâmetros teóricos para a elaboração do conceito de texto-objeto: a perspectiva marxista de análise da realidade, o pensamento de Wittgenstein sobre os limites da linguagem e a concepção de agir comunicativo de Habermas. E como apoio para o desenvolvimento da idéia de texto-objeto, utilizamos as iluminuras medievais e a escrita ideogrâmica oriental; esta última, segundo a abordagem do cineasta inglês Peter Greenaway no filme Livro de Cabeceira.