Dinâmica espaço temporal de atropelamentos de animais silvestres no Litoral Norte da Bahia: causas e proposta de mitigação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: COELHO, HUGO ESTEVAM DE ALMEIDA lattes
Orientador(a): RAMALHO, MAURO lattes
Banca de defesa: RAMALHO, MAURO lattes, BARBOSA, ELAINE CRISTINA CAMBUI lattes, SANTOS, MAISE SILVA SANTANA DOS lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia – Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental - MPEAGeA 
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37126
Resumo: Entre os efeitos da rodovia sobre os ecossistemas destacam-se a redução populacional e a alteração da composição ou da abundância de espécies. As rodovias criam um ambiente adverso para os vertebrados, podendo diminuir a capacidade de dispersão, causar isolamento e fragmentação do ambiente. O litoral da Bahia tem se apresentado como espaço para tais alterações, o que requer mecanismos de gestão. Este estudo teve como objetivo monitorar a fauna atropelada em uma área do litoral norte da Bahia, que permeia diferentes habitats naturais. Foi desenvolvido na rodovia BA-099, trecho entre Mata de São João (Praia do Forte) até Jandaíra no período de março de 2016 a março de 2017, com amostragens semanais, que totalizaram 50 investidas a campo, nos turnos matutino e vespertino. Foram realizadas por um motorista e um observador com veículo em baixa velocidade (40 km/h). O monitoramento da fauna atropelada catalogou 83 espécies impactadas diretamente e um acumulado de 749 indivíduos. As classes com o maior número de espécies (riqueza) registradas foram Aves n=37 e Reptilia, n=22, seguida por Mammalia (n=16) e Amphibia (n=8). A maior abundância absoluta foi de Amphibia, 472 indivíduos (63,1%), mas apresentou menor riqueza. A segunda classe mais atropelada foi Mammalia (n=109, 14.6%). Em conclusão, foi possível realizar um mapeamento dos trechos críticos de atropelamentos (hotspots), possibilitando gerar dados para subsidiar ações de proteção da biodiversidade, o que inclui medidas mitigadoras in situ, como a instalação de passagens de fauna. Consequentemente, contribuirá para a proteção das espécies da região, relativa ao impacto específico de atropelamento, que pode ser associado a pesquisas sobre o tema e fomento a expansão das medidas em outras rodovias do estado.