O uso de terapias adjuvantes e seus efeitos antitumorais no melanoma experimental em camundongos C57BL/6

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Maiara Nelma Bonfim lattes
Orientador(a): Cardillo, Fabíola lattes
Banca de defesa: Fortuna, Vitor Antonio lattes, Oliveira, Pablo Rafael Silveira lattes, Bezerra, Daniel lattes, Costa, Silvia Lima lattes, Damasceno, Karine Araujo lattes, Cardillo, Fabíola
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia - (PPGIM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
BCG
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37745
Resumo: Imiquimode (IMIQ), é um agonista de TLR7 que potencializa a resposta antitumoral de forma rápida e persistente e o bacilo Calmette-Guérin (BCG) é uma vacina (cepa) atenuada do Mycobacterium bovis, que induz uma robusta ativação do sistema imune, o que pode ser uma importante ajuda na resposta antitumoral. Este estudo teve como objetivo testar os efeitos do IMIQ no melanoma experimental para determinar se ele é essencial para restringir o crescimento do tumor e para prolongar a sobrevida animal após o tratamento em camundongos C57Bl/6 selvagem (WT) e C57Bl/6 que não possuem a molécula de CD1 (CD1-/-). Tencionou-se ainda testar a vacina BCG como uma terapia adjuvante anti-melanoma em animais C57Bl/6 selvagens. Os camundongos foram tratados com IMIQ ou BCG depois da injeção de células tumorais por via subcutânea (s.c.) no pavilhão auricular. Foram avaliados parâmetros para ambos os tratamentos como: tamanho do tumor, sobrevivência e fenótipos de células esplênicas. Além disso, as citocinas intracelulares foram avaliadas após estimulação com anti-CD3. O tratamento com IMIQ restringiu, efetivamente, o crescimento inicial do tumor e aumentou a sobrevida apenas nos animais WT. As frequências de células apresentadoras de antígeno (APC) foram maiores em animais WT do que nos animais CD1-/-, independentemente do tratamento com IMIQ. Houve um aumento no número de células NK+ perforina+ esplênicas em camundongos WT, e aumento de células T CD4+ esplênicas produtoras de IFN-g estimuladas com anti-CD3 quando comparados camundongos WT com CD1-/- tratados com IMIQ. Além disso existiu, também, o aumento de células T CD8+ esplênicas produtoras de TNF+ em células esplênicas não estimuladas dos animais WT em comparação com animais CD1-/-. Nos animais tratados com a injeção de BCG in situ, houve redução no crescimento tumoral maior sobrevida quando comparados aos animais que só receberam tumor. A nível esplênico houve aumento de células dendríticas e diminuição de células Tregs esplênicas. A produção de citocinas revelou diminuição de IL-10, aumento de INF-γ, por células T CD4+ e T CD8+ esplênicas, aumento de INF-γ e dos fatores perforina e granzima B por células NK e aumento de INF-γ por células NKT. Também a nível de tumor por análises histopatológica foi avaliado que os animais tratados com BCG possuíam maior infiltrado celular e menor porcentagem de necrose e invasão tumoral muscular. Em conclusão, animais tratados com IMIQ: os camundongos WT foram protegidos da mortalidade precoce, com uma diminuição no desenvolvimento do melanoma. Já os animais tratados com BCG houve uma limitação do desenvolvimento do tumor e aumentou significativo da sobrevida dos camundongos C57Bl/6, além do aumento do número de células infiltrando o tumor e uma menor área de necrose e invasão tumoral muscular, o que forneceu evidências de uma forte ativação do sistema imune, caracterizada pelas respostas inata e adquirida.