Geografia e Educação Ambiental: Implicações Desse Diálogo No Contexto Do Colégio Estadual José Augusto Tourinho Dantas, Salvador –Ba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Paula Angélica Reis
Orientador(a): Torres, Antonio Puentes
Banca de defesa: Torres, Antonio Puentes, Diniz, Alisson Duarte, Mutim, Avelar Luiz Bastos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Fedral da Bahia, Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20892
Resumo: O presente estudo objetiva analisar a relação entre Geografia e Educação Ambiental trazendo elementos que contribuam com o diálogo entre ambas as áreas do conhecimento, para que o referido diálogo sirva como suporte a reflexões socioambientais no contexto do Colégio Estadual José Augusto Tourinho Dantas (CEJATD). Colégio localizado em Salvador-Bahia, no bairro Cassange. Para tanto, a pesquisa apresenta uma análise sobre as bases epistemológicas que favorecem a aproximação entre Geografia e Educação Ambiental. Foram realizadas análises sobre a Educação Ambiental enquanto política pública, análises dos documentos que norteiam o sistema de ensino no Brasil e análise da lei que dá sustentação a Educação Ambiental. Foram feitos questionamentos acerca das práticas tradicionais e críticas que envolvem o processo de ensino/aprendizagem referentes à Geografia e a Educação Ambiental, bem como análises das teorias que as influenciam, os desafios e tendências que o diálogo entre ambas apresentam e as implicações dessa aproximação/diálogo para o contexto do CEJATD. O trabalho também apresenta estratégias para o fortalecimento da inserção da Educação Ambiental no currículo escolar brasileiro. Realizou-se estudo de caso no CEJATD que envolveu observações e análises do espaço onde está inserido o Colégio e aplicação de questionários buscando-se analisar as ações e proposta curricular/pedagógica do Colégio, na prática da Educação Ambiental. Também se buscou compreender o contexto e o paradoxo socioambiental em torno do CEJATD no que se refere a sua localização socioambiental, verificando através da tríade habitante-identidade-lugar, como a comunidade escolar (alunos, professores e funcionários) enxerga tal contexto e paradoxo. Os resultados da pesquisa demonstram que as ações do Colégio, sua proposta curricular e pedagógica na prática da Educação Ambiental são de certa forma ineficientes e insuficientes, as questões socioambientais estão presentes, porém não recebem a merecida atenção e importância devido a problemas que perpassam por todo sistema educacional. Portanto, a pesquisa sobre o CEJATD e as observações ao seu espaço, aliado a análise dos questionários aplicados revelam que o diálogo entre Geografia e Educação Ambiental é importante como meio para se trazer discussões socioambientais que levem a reflexões críticas no contexto do Colégio. A comunidade escolar, de uma maneira geral, reconhece o contexto e o paradoxo urbano-social-ambiental ao qual está inserida, reconhece também o CEJATD enquanto seu lugar, portanto, as práticas pedagógicas em torno de questões que envolvam a relação sociedade/natureza devem estar sempre presentes no espaço do Colégio. Assim, o diálogo entre Geografia e Educação Ambiental além de ajudar a fortalecer essa prática, também fortalece o vínculo da comunidade escolar para com seu espaço reforçando a concepção de lugar. Dessa forma, o trabalho indica caminhos, propostas e recomendações para o diálogo entre Geografia e Educação Ambiental. A experiência desenvolvida no contexto do CEJATD levou em consideração as relações entre escalas trazendo novas racionalidades no intuito de fazer a comunidade escolar repensar e refletir a relação sociedade/natureza no seu espaço e no sistema Terra/mundo, fomentando uma relação que busque o ambiente-síntese e um envolvimento social solidário através de uma eficiência social, cultural, política, econômica, tecnológica, ecológica e também pedagógica.