Alcalóides e atividade antimicrobiana de Ertela trifoli (L.) Kuntze

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva Filho, Antídio dos Reis e
Orientador(a): Barros, Tânia Fraga
Banca de defesa: Castilho, Marcelo Santos, Hohlemwerger, Sandra Virgínia Alves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Farmácia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmácia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22519
Resumo: A resistência bacteriana aos antibióticos tem aumentado a cada ano em todo o mundo e se tornado um problema de saúde pública. Uma das principais fontes de novos fármacos são as espécies vegetais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação antibacteriana dos extratos e frações das partes aéreas e subterrâneas da Ertela (Monnieria) trifolia (L.) Kuntze (Rutaceae) e identificar quais são as possíveis moléculas responsáveis por esta atividade. Esta espécie foi selecionada a partir de um estudo etnobotânico realizado em um terreiro de candomblé de Salvador-BA, onde a mesma é utilizada tanto para fins medicinais como para fins ritualísticos. A extração da raiz e caule in natura foi realizada através da maceração a frio com diclorometano e por Soxhlet com metanol. O óleo essencial das folhas foi extraído por hidrodestilação em aparelho de Clevenger modificado e as folhas foram maceradas em metanol. Os testes de atividade antimicrobiana foram realizados através do método de difusão em disco, difusão em poço, concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM), segundo as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), adaptados para produtos naturais. As cepas bacterianas utilizadas foram Staphylococcus aureus ATCC 25923 e 33591, Escherichia coli ATCC 25922, Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853, Salmonela enterica ATCC 13076 e três isolados clínicos de S. aureus multirresistentes. O óleo essencial das folhas, os extratos da raiz e o aquoso das folhas não apresentaram atividade antibacteriana frente às bactérias testadas. O extrato diclorometânico do caule apresentou atividade frente S. aureus ATCC 25923, ATCC 33591 e dois isolados clínicos; o extrato acetato de etila e o extrato clorofórmico das folhas foram ativos frente S. aureus ATCC 25923 e dois isolados clínicos. Nenhum extrato apresentou atividade frente às bactérias Gram negativas. Os resultados obtidos demonstram a tendência dos extratos inibirem bactérias Gram positivas. Os dados espectroscópicos em conjunto com o conhecimento da ocorrência de alcalóides derivados do ácido antranílico em Rutaceaes e a comparação com dados da literatura, sugeriram a presença dos alcalóides arborinina, evolitrina, esquimianina e dictamina nos extratos e frações bioativos. Estes alcalóides provavelmente são os responsáveis pela atividade antibacteriana da E. trifólia.