Takiwasi: o uso da Ayahuasca no tratamento da adicção em uma comunidade terapêutica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ricciardi, Gabriela Santos
Orientador(a): MacRae, Edward John Baptista das Neves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós- Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19198
Resumo: O consumo de substâncias psicoativas tem acompanhado a humanidade ao longo da história. Em diferentes períodos e em diferentes culturas, o uso medicinal, religioso e recreativo dessas diversas substâncias foi difundido. Entretanto, na atualidade, esse consumo tem se apresentado sob uma nova configuração devido ao surgimento de uma preocupação com a drogadependência, sua amplitude e os problemas (sociais, culturais, econômicos, legais, psicológicos e de saúde pública) decorrentes. Na busca de possíveis soluções emergem formas e modelos de assistência. Vislumbramos alguns modelos no qual têm se destacado as comunidades terapêuticas. Este é um trabalho de cunho sócio antropológico que tem como objetivo contribuir à compreensão desse fenômeno a partir do estudo de campo em uma comunidade terapêutica peruana que utiliza a ayahuasca para recuperar os dependentes: o Takiwasi. Localizada na Região da Amazônia peruana, essa comunidade terapêutica apresenta uma perspectiva de tratamento inovadora ao conciliar saberes que normalmente se pensam antagônicos: o saber científico ocidental e o saber tradicional dos curandeiros amazônicos. Unindo esses dois saberes, essa comunidade terapêutica desenvolveu técnicas voltadas para proporcionar aos pacientes uma experiência integradora. Essas técnicas incluem o uso de plantas medicinais com propriedades purgantes e psicoativas, herança dos tradicionais curandeiros peruanos, com acompanhamento concomitante de psicoterapeutas que usam técnicas da sua especialidade científica para agregar e integrar os conteúdos visionários proporcionados pelas plantas, em especial pela ayahuasca. A partir da observação participante, das entrevistas e da reconstrução das histórias de vida dos pacientes, busca-se escutar os atores sociais envolvidos no processo (pacientes e equipe terapêutica) de modo a identificar como eles concebem a dependência e como se sentem diante dessa modalidade de tratamento