Configurações identitárias numa turma de EJA: uma leitura para além das margens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Terezinha Oliveira
Orientador(a): Cesar, América Lúcia Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8556
Resumo: Esta dissertação autoetnográfica é o resultado de um trabalho complexo, no qual, a professora/pesquisadora tentou estabelecer um diálogo entre os processos de constituição identitária dos sujeitos do ensino e da aprendizagem com a sua prática pedagógica, no ensino de português como língua materna, numa turma da 7ª/8ª série da Educação de Jovens e Adultos – EJA, buscando evidenciar o caráter político que envolve tais processos e as representações de alteridade dos sujeitos em questão. A temática das questões identitárias e os estudos linguísticos se interpenetram na concepção de linguagem como discurso e, neste, como o local de atuação dos sujeitos com o(s) seu(s) interlocutor(es), com as marcas identitárias peculiares a ambos, assim como com a posição que cada um ocupa nessa interlocução. Ao utilizar a linguagem verbal, escrita e/ou oral, como objeto, os atores sociais em foco deram visibilidade e voz às percepções de si e do Outro. Nesse entrecruzamento de identidades/subjetividades irromperam as cisões a eles pertencentes, ora pela afrodescendência, pela origem econômica, pela faixa etária, pelo gênero, ora por serem moradores da mesma comunidade na qual também está localizada a escola, como também se tornaram evidentes as clivagens demarcadas pelo biopoder (FOUCAULT, 2005), inerente nessa relação à posição ocupada pela professora. As leituras provenientes da análise dos dados, apoiadas em contribuições teóricas de autores como Foucault (2004), Castoriadis (1982), Stuart Hall (2005), Milton Santos (2005), Muniz Sodré (2000), Frantz Fanon (1983), Norman Fairclough (2001), entre outros, sinalizam para a necessidade de uma formação multiculturalmente sensível, na qual o(a) educador(a), na consciência de si e da sua agência docente, potencialize a sua luta em novas formas de leitura e escrita da realidade sociocultural.