Os sintagmas adverbiais predicativos de constituintes no português brasileiro: uma perspectiva cartográfica do IP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Paulo Roberto Pereira
Orientador(a): Ribeiro, Ilza Maria de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8617
Resumo: Basicamente, dentro do âmbito da Lingüística Formal, as propostas teóricas acerca da sintaxe adverbial podem ser divididas em duas grandes visões analíticas, a saber: as Teorias da Adjunção Baseada Semanticamente (TABS) e as Teoria dos Especificadores Funcionais (TEF). Compondo essas duas perspectivas teóricas, podem ser ressaltadas as seguintes teorias: as hipóteses de JACKENDOFF (1972), de POLLOCK (1989), de ERNST (2006), de LAENZLINGER (1998), de COSTA (1999) e de CINQUE (1999). A maior parte dessas teorias acerca da sintaxe adverbial fundamenta-se na perspectiva da adjunção baseada semanticamente, notadamente as propostas de JACKENDOFF (1972), ERNST (2006) e COSTA (1999). Por sua vez, o outro grande paradigma de análise da sintaxe adverbial denominada de Teorias dos Especificadores Funcionais é representado pela tese de LAENZLINGER (1998) e, sobretudo, pela tese de CINQUE (1999). Nesta dissertação de mestrado, após tecer uma revisão bibliográfica acerca de todas essas propostas formalistas de estudo da sintaxe adverbial, adotamos a tese de CINQUE (1999) de que os sintagmas adverbiais preenchem posições sintáticas de especificadores de diferentes projeções funcionais (de Tempo, Aspecto, Modo/Modalidade, Número e Voz). Essa tese é comumente denominada de Hierarquia Linear Universal (HLU). Nela, CINQUE propõe a existência de aproximadamente 32 projeções funcionais nas quais os sintagmas adverbiais preenchem a posição de argumento externo (especificadores). Essa proposta é, também, denominada de cartografia do IP, sendo que o IP é a camada na qual devem ocorrer, justamente, os núcleos funcionais do verbo e o licenciamento de traços argumentais tais como Caso e Concordância (agree), segundo RIZZI (1997). Nosso corpus de análise é composto pelos advérbios predicativos citados em ILARI et al. (1990) e os exemplos citados pelos autores lidos, além daqueles outros criados a partir da intuição de falantes nativos da língua portuguesa do Brasil. Na sua classificação semântica, ILARI et al. divide os advérbios predicativos de constituintes em quatro subclasses, a saber: qualitativos, intensificadores, modalizadores e aspectualizadores. Partindo, então, da HLU, propomos posicionamentos sintáticos para os sintagmas adverbiais pertencentes a cada uma dessas subclasses semânticas. Com base na pesquisa desenvolvida, assim, argumentamos em prol da tese de CINQUE como hipótese teórica de maior poder de adequação explicativa para a explicação do posicionamento sintático dos sintagmas adverbiais nas línguas naturais.