Guruè, Guruè: conflitos e tensões das personagens de Alegre canto da perdiz na Moçambique colonizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Hildete Leal dos
Orientador(a): Silva, Marilda de Santana
Banca de defesa: Mattos, Wilson Roberto de, Cesar, América Lúcia Silva, Severino, José Roberto, Oliveira, Marinyze das Graças Pratesgur
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Cultura e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27841
Resumo: As Literaturas dos países de Língua Portuguesa Oficial – principalmente a partir da segunda metade do século XX – empenharam-se no propósito de ressignificar os valores fundados pela colonização pautados em hierarquias raciais que implicariam em outros conceitos excludentes. As produções estéticas desses países constroem discursos que, além de denunciar a ação colonial, refletem os dilemas e conflitos de sujeitos que sofreram um processo de dominação em diversos âmbitos sociais; o que permite trazer à tona a história dos excluídos. A moçambicana Paulina Chiziane é uma das autoras cuja escrita se volta para esse propósito. O universo ficcional de sua obra O alegre canto da perdiz (2010) apresenta uma visão da Moçambique colonizada ao trazer um enredo permeado por uma variedade de temáticas como escravidão, trabalho forçado, assimilação, pobreza, gênero, raça, identidade, que marcaram a relação do colonizado com a opressão colonial. Norteada por esses aspectos, esta tese tem o objetivo de analisar essa obra para identificar os discursos que constroem os sujeitos imaginários, para compreender como os conflitos e tensões criados e/ou acentuados pela dominação colonial em Moçambique marcam a construção desses sujeitos e em que medida eles criaram estratégias de resistência a essa dominação. Assim, atendendo a uma proposta multidisciplinar, a narrativa de Chiziane serve como fonte para um estudo literário e histórico no qual realidade e ficção, fato e imaginação cruzam-se oferecendo campo para se problematizar aspectos políticos e culturais da Moçambique colonizada, especialmente no que diz respeito à história dos subalternizados no contexto colonial.