Acessibilidade aos serviços de Atenção Primária à Saúde em municípios rurais do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Soares, Danielle de Jesus lattes
Orientador(a): Vilasbôas, Ana Luiza Queiroz
Banca de defesa: Vilasbôas, Ana Luiza Queiroz, Souza, Mariluce Karla Bomfim de, Bispo Júnior, José Patrício
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva - ISC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37964
Resumo: A acessibilidade é indicada como um dos elementos estruturais relevantes da Atenção Primária, é nesse nível de atenção que seus requisitos mostram-se diferentes, uma vez que a mesma se configura como porta de entrada preferencial no sistema de serviços de saúde. Todo município brasileiro tem a competência de organizar, executar e gerir os serviços e ações relacionadas à Atenção Primária à Saúde (APS) em seus territórios. O presente trabalho tem por objetivo analisar os aspectos da estrutura das unidades básicas e da organização do processo de trabalho das equipes de saúde relacionados à acessibilidade sócio-organizacional aos serviços de Atenção Primária à Saúde em municípios rurais do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal que utilizou dados secundários relativos às equipes de Saúde da Família do Brasil que aderiram ao terceiro ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Fizeram parte da amostra 2.940 municípios com população igual ou inferior a 20 mil habitantes, classificados como municípios rurais (rural remoto e rural adjacente) partícipes da avaliação externa do 3º ciclo PMAQ-AB. Os resultados encontrados nesse estudo apontam para deficiências tanto em aspectos da estrutura das unidades de saúde quanto do processo de trabalho que interferem na acessibilidade das pessoas aos serviços de saúde, a exemplo dos ambientes assistenciais e farmácia; insumos e medicamentos para atendimento às urgências clínicas; imunobiológicos e testes diagnósticos na unidade, horário/dias de funcionamento da unidade; realização de acolhimento a demanda espontânea; coleta de exames e realização de procedimentos, profissionais insuficientes para compor a equipe mínima, disposição e usos de tecnologias da informação. Levando em consideração que poucos desses municípios dispõem de outros níveis do sistema de saúde, uma APS estruturada contribuiria para o cuidado mais efetivo da população. O desenvolvimento de outros estudos poderá contribuir para o conhecimento sobre problemas enfrentados pela atenção primária em municípios rurais e remotos.