Uma experiência do front: a guerra de Canudos e a Faculdade de Medicina da Bahia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pinheiro, Alexander Magnus Silva
Orientador(a): Aras, Lina Maria Brandão de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11236
Resumo: Este trabalho versa sobre a participação da Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia na Guerra de Canudos em 1897. Para atingir este objetivo, destacamos as interpretações a respeito das diversas fases da guerra, levando em consideração a diversidade interpretativa que há sobre o tema Guerra de Canudos. Delineamos, contextualmente, o universo político, social e econômico da Bahia quando da dissolução do regime imperial no Brasil e a emergência do sistema republicano de governo, com o intuito de perceber alguns motivos que levaram ao vertiginoso crescimento do arraial de Antonio Conselheiro e seus seguidores. Identificamos as instituições que compartilharam com a Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia o contexto da guerra, bem como apresentamos o diálogo entre elas no transcorrer da batalha. A imersão e organização da Faculdade para suprir as insuficiências da guerra é analisada a partir do Livro de Atas da Congregação da Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia (1889 – 1897), dos relatórios pós-guerra dos professores da Faculdade, dos Mapas das Enfermarias e das teses de doutoramento, elaboradas pelos acadêmicos que atuaram nas enfermarias, tanto em Salvador quanto em Canudos. A todos esses documentos correlacionamos com a documentação extra-Faculdade, isto é, imprensa, relatórios, ordens do dia, entre outros. Apontamos os nomes dos professores da Faculdade, as disciplinas que lecionavam e, sobretudo, associamos seus relatórios com os mapas das enfermarias que dirigiram, ali descrevemos seus sucessos e insucessos com os combatentes doentes e feridos. Ao lidar com os estudantes do curso de Medicina e Farmácia, identificamos os que se comprometeram com a guerra, como se comunicaram com os pais e com os colegas de Faculdade, como se organizaram para trabalhar nas enfermarias, e descrevemos suas permanências na linha de fogo. Por fim, relacionamos suas práticas em combate com as teses de fim de curso, ou seja, estabelecemos um paralelo entre o que foi vivido e o que foi escrito.