Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Uiá Freire Dias dos
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Orientador(a): |
Paraíso, Maria Hilda Baqueiro
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Banca de defesa: |
Barbosa, Bartira Ferraz
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Santos, Fabricio Lyrio
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Magalhães, Pablo Antônio Iglesias
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Cancela, Francisco Eduardo Torres
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Rego, André de Almeida
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37717
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Resumo: |
A tese que ora apresentamos se propôs analisar a experiência histórica da Capitania de Porto Seguro no período entre os conflitos que causaram a expulsão dos jesuítas, nos anos finais do século XVI, até a fundação da Vila de Santo Antônio do Rio das Caravelas, em 1701. Como chave interpretativa ou fio condutor da análise nos valemos das experiências e processos históricos que puseram em evidência a continuidade e dependência da exploração das diversas formas de recrutamento e exploração do trabalho dos indígenas como meio de manutenção de uma colonização pouco expressiva e de limitado desenvolvimento. Através de um variado conjunto de fontes, depositadas em arquivos e fundos diversos, buscamos entender a condição precária da presença portuguesa na Capitania de Porto Seguro em contraposição à massiva e resistente presença indígena no território recortado. Evidenciamos que o pouco sucesso econômico da capitania teve como resultado a mobilização e deslocamento de grupos indígenas variados por meio do uso abusivo do recurso à violência que provocou a reiteração da exaustão de populações acompanhada da busca pela recomposição de mão de obra nas povoações coloniais e aldeamentos. Finalmente, a análise pôs em evidência que a exaustão dos grupos que habitavam o litoral, pela intensa exploração do trabalho, guerras e doenças infectocontagiosas forçou descimentos de grupos que habitavam regiões cada vez mais distantes do litoral tendo como resultado o crescimento da ocupação dos núcleos coloniais de indígenas do grupo Macro-Jê nas povoações portuguesas da Capitania de Porto Seguro. Para tanto, operamos de forma crítica com o conceito de sertão e seus múltiplos significados objetivando evidenciar o recurso à sua circulação praticado pelos agentes bem como pelos indígenas. Todo o processo foi acompanhado por uma leitura e interpretação crítica das leis oriundas da política indigenista da Coroa portuguesa. |