Aspectos químicos, citotóxicos e imunofarmacológicos do cavalo marinho, hippocampus reidi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Hugo Bernardino Ferreira da
Orientador(a): Figueiredo, Camila A. Viana de
Banca de defesa: Silva, Victor Diógenes Amaral da, Silva, Luciana Lyra Casais e
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciência da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23358
Resumo: A primeira linha de defesa do organismo a um dano tissular é orquestrado por uma resposta inflamatória. De modo geral, a inflamação compreende uma resposta fisiológica, no entanto, complexa que envolve a interação entre fatores solúveis e celulares, surgindo em qualquer tecido em resposta á uma lesão traumática, infecciosa, pós-isquêmica, tóxica ou autoimune. A terapêutica utilizada para tratar os distúrbios inflamatórios, envolve o uso de antiinflamatórios não esteroidais (AINES) e corticoides. No entanto, o uso constante e prolongado desses medicamentos apresentam diversos efeitos colaterais afetando diversos sistemas do organismo. Neste sentido, estudos de bioprospecção tornam-se necessários para compor o arsenal terapêutico contra as desordens inflamatórias. A biodiversidade marinha é uma importante fonte de produtos naturais. Neste estudo destacamos a espécie marinha denominada Hippocampus reidi (H. reidi) sendo um dos produtos naturais mais utilizados para o tratamento de asma e outras desordens inflamatórias em inquérito etnofarmacológico realizado pelo nosso grupo de pesquisa. Mediante o uso popular dessa espécie e que a literatura ainda carece de informações sobre sua propriedade imunofarmacólogica, o objetivo deste estudo foi descrever o perfil químico, citotóxico e o potencial efeito imunofarmacológico do extrato hidroalcoólico do H. reidi. O extrato hidroalcoólico de H. reidi foi padronizado, utilizando um cromatografo líquido de alta eficiência (CLAE). Em modelo experimental in vitro avaliamos atividade citotóxica em células esplênicas, bem como, o efeito do extrato do H. reidi na produção de citocinas IL-4, IL-5, IL-10 e INF-y, produção de óxido nítrico em cultura de macrófagos peritoneiais, sobre a capacidade de relaxamento do músculo liso da traqueia isolada independente de epitélio de ratos, capacidade em estabilizar a membrana de eritrócitos e avaliação da expressão gênica do fator transcrição NFk-B. Os resultados obtidos demonstram que o extrato do H. reidi não apresentou toxicidade em células esplênicas nas concentrações utilizadas neste estudo avaliando o potencial anti-inflamatório. Foi possível também a identificação de compostos fenólicos no extrato bruto. H. reidi foi capaz de atenuar a produção de citocinas Th2, IL-4 e IL-5 e Th1, INF-y e modular a produção de citocina imunorregulatória IL-10. Reduziu também a produção de óxido nítrico, induziu estabilização da membrana de eritrócitos e inibiu o fator transcripcional NFk-B. Contudo, não apresentou efeito broncodilatador considerável nas concentrações testadas. Dessa forma, nosso estudo revela que extrato hidroalcoólico do H. reidi exibe ação anti-inflamatória em modelos experimentais in vitro, podendo ser um futuro candidato ao isolamento de moléculas a serem mais profundamente estudadas e, no futuro, compor o arsenal terapêutico de desordens inflamatórias.