Formação de educadores para uma prática educativa lúdica: pode um peixe vivo viver fora d’água fria?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Ramos, Rosemary Lacerda
Orientador(a): Luckesi, Cipriano Carlos
Banca de defesa: Macedo, Roberto Sidnei Alves, Maheu, Cristina Maria D'Ávila Teixeira, Porto, Bernadete de Souza, Leite, Yoshie Ussami Ferrari, Rocha, Nivea Maria Fraga
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16910
Resumo: Como formar educadores para o desenvolvimento de uma prática educativa lúdica? O presente estudo parte desta pergunta, objetivando tematizar a formação de um educador que respeite, contemple e integre as atividades lúdicas da criança na prática educativa. Tal interesse acadêmico tem início ainda no curso de Mestrado, quando se identificou a carência de conhecimentos, por parte dos professores, acerca da ludicidade infantil, o que constitui o problema desta Tese. Tal constatação conduziu a uma reflexão crítica sobre o assunto, agora no curso de Doutorado em Educação. Aqui, seguindo essa reflexão, desenvolveu-se um experimento formativo, com 20 alunas do curso de Pedagogia da UNEB, campus de Salvador (BA), alunos de um curso de Pedagogia, habilitação em Educação Infantil, para que venham a respeitar, contemplar e integrar as atividades lúdicas da criança à sua prática educativa, cujo exercício primeiro faz-se ainda no estágio supervisionado. Esta tese comunica tal experimento, inicialmente focalizando a ludicidade infantil, a partir de uma obra já clássica nesse domínio, Homo ludens (1938), de Johan Huizinga, e de distintas vertentes do assunto, aqui consideradas: a socioantropológica, de Gilles Brougère; a de Jean Piaget e a de Lev Vygotsky, sobre o desenvolvimento psicológico e a aprendizagem da criança; a de Cipriano Luckesi sobre a experiência lúdica; e a psicanalítica de Bruno Bettelheim. Em seguida, faz-se um esboço histórico da educação infantil, em cuja prática identifica-se a ausência da ludicidade, e se considera a alternativa do desenvolvimento de uma educação infantil lúdica. O relato do experimento em si enfoca a metodologia da pesquisa empírica realizada, fundamentando-se e justificando a proposta de formação do professor desse nível de ensino como mediador, aberto à ludicidade infantil.