Reflexões sobre saúde mental, vulnerabilidade e interseccionalidade entre estudantes em uma universidade pública brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vieira, Vera Maria Sérgio de Abreu
Orientador(a): Torrenté, Mônica de Oliveira Nunes de
Banca de defesa: Jucá, Vládia Jamile dos Santos, Santos, Liliana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32237
Resumo: Ao refletir as características da sociedade na qual está inserida, a universidade pública brasileira tem identificado cada vez mais entre seu público estudantil, fatores que desafiam sua qualidade de vida. Dentre eles encontram-se os desafios relacionados à saúde, desigualdades e discriminação social. Neste contexto, esta dissertação realiza uma análise da relação entre vulnerabilidade em saúde e a intersecção de eixos de opressão entre estudantes de graduação acolhidos pela assistência estudantil que apresentam relato de experiência de sofrimento/transtorno mental. A partir das categorias individual, social e programática da vulnerabilidade, expõe resultados fundamentados nas narrativas dos sujeitos participantes. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e qualitativa no âmbito da Saúde Coletiva que utiliza as técnicas de entrevista semiestruturada e análise documental. Dos 217 estudantes estabelecidas/os como população da pesquisa, 43 foram excluídas/os por documentação incompleta ou inacessível. Com os 174 restantes, foi feito a análise do perfil sociodemográfico. A definição do grupo para realização das entrevistas considerou estudantes que declaram viver em condições de desigualdade e opressão a partir da compreensão da interseccionalidade. De 12 estudantes convidadas/os por e-mail, contato pessoal e/ou por telefonema, 7 responderam positivamente e após agendamento, as entrevistas foram realizadas em dias e horários diferentes. Os resultados apontam que a vulnerabilidade em saúde do/a estudante é largamente influenciada por consequência das opressões interseccionalizadas, principalmente na perspectiva social. Dá-se destaque para preconceitos de gênero, orientação afetivo-sexual, pobreza, cor e estigmas acerca de suas condições de saúde mental. As práticas institucionais, a partir da visão estudantil, favorecem a superação dos desafios identificados, mas, necessitam de melhor planejamento no que tange a divulgação e desburocratização do acesso a estas.