O público como quinto criador? Uma pedagogia do olhar por meio de jogo poético com os espectadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barreto, Cristiane Santos
Orientador(a): Soares, Luiz Cláudio Cajaíba
Banca de defesa: Carvalho, Flávio Augusto Desgranges de, Mendonça, Célida Salume, Dal Gallo, Fábio, Canda, Cilene Nascimento
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia, UFBA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, PPGAC
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19020
Resumo: O tema central deste trabalho é a investigação prático-teórica da concepção de uma pedagogia do olhar, por meio de um dispositivo poético-pedagógico-colaborativo para participação do espectador juntamente com os demais criadores de um processo cênico (ator, dramaturgo, diretor-encenador, iluminador, sonoplasta, cenógrafo, dentre outras funções relacionadas à carpintaria teatral). Além disso, a proposta busca delinear procedimentos formativos que visam estimular o público a apreender os elementos e as funções fundamentais do teatro através de sua participação na construção colaborativa de uma dramaturgia no decorrer da fruição artística. Para tanto, foram realizados três experimentos cênicos em formato de jogo, os quais foram desenvolvidos nas aulas-espetáculo “O quinto criador: O público” – idealizadas com o objetivo de desvelar os meandros da criação teatral para os jogadores-espectadores, estimulados a atuarem em posição de igualdade com os jogadores-artistas teatrais. Tem como base metodológica a cartografia de Gilles Deleuze e Félix Guattari, dialoga com os encenadores-pedagogos como Vsevolod Meyerhold, Bertolt Brecht, Augusto Boal e com alguns movimentos artísticos como o teatro pós-dramático de Hans-Thies Lehmann e o teatro performativo de Josette Féral. Os estímulos e provocações a partir desses diálogos e influências são observados nos conceitos de “convívio”, de “corporeidade”, de “jogo” e de “interatividade”. O controle da cena no que diz respeito ao jogo baseia-se nos conceitos de “paidia” e de “ludus” definidos por Roger Callois. A hipótese da pesquisa é de que a proposta contribua, tanto para a formação do artista, como para a formação do espectador, atendendo assim, à progressiva demanda de criação autoral e de espaços de mediação-formação para o público diante da criação na cena contemporânea.