Avaliação da atividade anti-inflamatória, antinociceptiva, antioxidante e toxicológica do extrato etanólico e das frações do caule e casca da Aeschynomene martii Benth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Morbeck, Lorena Lôbo Brito
Orientador(a): Yatsuda, Regiane
Banca de defesa: Souza, Érica Pereira de, Marques, Lucas Miranda
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR DE SAÚDE
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS - SBFIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28535
Resumo: A espécie vegetal a ser estudada, Aeschynomene martii Benth, do gênero Aeschynomene, família das Leguminosae, possuem compostos bioativos com grande potencial farmacológico a serem usados. O estudo teve como objetivo avaliar as atividades antinociceptiva, anti-inflamatória, antioxidante e toxicológica do caule e casca da A. martii Benth, coletada na região da Floresta Nacional Contendas do Sincorá (FLONA). O extrato etanólico foi preparado por maceração e submetido à extração por partição. Após a evaporação, foram obtidas as quatro frações do extrato bruto com os seguintes rendimentos: 13,21% (hexano), 40,92% (diclorometano), 30,68% (acetato de etila) e 8,10% (butanol) em relação ao peso do extrato bruto 17,03 g. A prospecção fitoquímica das frações foi realizada por CCD com reveladores específicos. As frações de hexano e diclorometano tiveram seus perfis cromatográficos avaliados por CG-EM com destaque para a identificação de: estigmasterol, -sitosterol, lupenona, 3,3',4',5,5',7-hexametoxiflavona, além dos ácidos graxos. A atividade antioxidante foi avaliada por teste do sequestro do radical livre DPPH, o extrato etanólico e as frações não apresentaram atividade antioxidante significativa (p < 0,05), além de serem classificadas quanto à concentração inibitória (boa, média e baixa, respectivamente). Para os ensaios antinociceptivo e anti-inflamatório foram utilizados camundongos machos adultos Balb/c. O efeito antinociceptivo foi avaliado pelos testes: Contorção abdominal induzido por ácido acético 0,6%, onde todas as frações (25 mg/kg) promoveram redução significativa das respostas nociceptivas (p < 0,05). Injeção intraplantar de formalina 1,5%, na fase 1 e 2, as frações (25 mg/kg) reduziram o número de “flinches”, em comparação ao controle negativo (p < 0,05), quando comparadas ao grupo controle positivo morfina, as frações de diclorometano e butanol não apresentaram diferença estatística (p < 0,05), o edema de pata formado reduziu significativamente nas frações (25 mg/kg) de hexano, diclorometano e acetato de etila (p < 0,05). No Von Frey eletrônico por injeção intraplantar de carragenina (Cg), todas as frações (25 mg/kg) foram capazes de reduzir significativamente a hipernocicepção (p < 0,05). Para a determinação da atividade anti-inflamatória foram realizados testes de: Migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal, onde todas as frações (25 mg/kg) apresentaram redução significativamente a migração de neutrófilos em (p < 0,05); Determinação dos níveis de nitrito, todas as frações (25 mg/kg) apresentaram redução significativa (p < 0,05). Avaliação da permeabilidade vascular por azul de Evans, que mostrou uma significativa redução do extravasamento do corante no líquido peritoneal (p < 0,05). Para determinação da toxicidade frente à Artemia salina Leach, as classificações de toxicidade das frações foram ativa no extrato etanólico e hexano, moderada em diclorometano e inativa em acetato de etila e butanol. Os resultados permitem considerar que a A. martii Benth é uma promissora fonte natural para a identificação de novos compostos bioativos e agentes terapêuticos, bem como uma espécie promissora para uso quanto fitoterápico.