Práticas pedagógicas inclusivas: percepção das educadoras brasileiras e lusitanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Hora, Genigleide Santos da
Orientador(a): Miranda, Theresinha Guimarães
Banca de defesa: Díaz-Rodriguez, Félix Marcial, Bordas, Miguel Angel Garcia, Galvão, Nelma de Cássia Silva Sandes, Oliveira, Ivanilde Apoluceno de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34509
Resumo: Neste estudo, investigamos as percepções de professoras brasileiras e lusitanas para as ações relacionadas ao processo de inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) matriculados na Educação Especial e Inclusiva no ensino comum, tendo por base os discursos de dois países: Brasil e Portugal. No que se refere aos aspetos teóricos e práticas pedagógicas desenvolvidas por elas, ancoramos nossos fundamentos na Teoria Sócio Histórico-cultural, de Vygotsky, e na Pedagogia Histórico-crítica, de Saviani, que subsidiaram e evidenciaram os sistemas conceituais e as deliberações discursivas e pedagógicas investigadas. A pesquisa foi empírica qualitativa, do tipo exploratória, com recolha de dados documentais e a partir das oito entrevistas individuais com roteiro semiestruturado que privilegiou os entendimentos das ações docentes vivenciados pelas professoras brasileiras e lusitanas que atuam na Educação Especial e Inclusiva do ensino comum. As categorias de análises contribuíram com as discussões acerca da especificidade do trabalho pedagógico inclusivo das professoras, a saber: Educação Especial e Inclusiva; práticas pedagógicas inclusivas; e as políticas públicas de inclusão evidenciaram em seus discursos e apontaram o desenvolvimento de suas percepções individuais no que diz respeito às práticas pedagógicas inclusivas, ao tempo em que delinearam seus elementos argumentativos. Os resultados corroboram as hipóteses de pesquisa e alegam a necessidade de mais discussões sólidas e aprofundadas sobre a prática pedagógica inclusiva e indicaram seguintes percepções: a) estreita relação entre as experiências escolares e suas atuações, quando as professoras demonstraram conhecimentos diversificados acerca da Educação Especial e Inclusiva; b) diálogos norteadores das políticas públicas com os eixos definidores de seus planejamentos, que podem impulsionar a inclusão do aluno com deficiência; c) reconhecimento de que a formação continuada é imprescindível para atuarem e ampliarem as mediações pedagógicas das aprendizagens específicas de cada aluno incluído; d) adoção dos conteúdos mediados, com possíveis transferências para os contextos escolar e social; e) alegação de que os insuficientes conhecimentos das práticas pedagógicas inclusivas podem interferir negativamente na aprendizagem dos alunos incluídos, pois o sucesso das ações demandam domínios formativos no que tange à competência técnica e política para a que a inclusão de alunos com deficiência se efetive com qualidade. As professoras revelaram, a seu modo, o que concerne a inclusão contemporâneas na Educação Básica e a urgência para os debates a esse respeito, para que tais ações estejam fundamentando as essencialidades dos conhecimentos epistemológicos para a prática profissional docente e a natureza que podem desvelar identidades pedagógicas que suscitam mais interpretações e investigações educacionais por seus atores. O nosso contributo científico para os princípios que regem as práticas pedagógicas fundamentadas nas perspectivas Sócio-Histórico-cultural e na Pedagogia Histórico-crítica resulta em evidências para o caráter histórico-dialético desses processos, corroborando a extensão entre o desenvolvimento psíquico e as atividades pedagógicas inclusivas, a relação entre mediação e o desenvolvimento das funções superiores dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE). Sobre isso ratificamos a importância de colocar no centro dos debates a garantia de permanência desses alunos no espaço escolar comum como elemento fundante dos afazeres docentes.