Estratégias organizacionais de Vigilância Sanitária em Eventos de Massa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leiro, Ana Lúcia Oliveira e
Orientador(a): Lima, yara Oyram R.
Banca de defesa: Coelho, Thereza Christina Bahia, Brito, Luciara Leite
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29256
Resumo: A Vigilância Sanitária (Visa) apresenta-se como sendo a forma mais plural de existência da Saúde Pública fazendo interface com as demandas sociais de saúde, trabalhando na adequação do sistema de produção de bens e serviços e ambiente. Surge, nesse contexto, o novo objeto “eventos de massa” (EM) com elementos estreitos a emergências em saúde pública, norteados pela avaliação dos riscos sanitários, contemplando planejamento das ações a nível de território para gerenciamento destes riscos. Trata-se de estudo de múltiplos casos com abordagem qualitativa, exploratório e descritivo das ações realizadas pela Visa em EM de caráter internacional realizados no território do Distrito Sanitário do Centro Histórico (DSCH): Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014), Jogos Olímpicos (2016). O estudo objetivou analisar as estratégias organizacionais definidas e realizadas pela Visa do DSCH para a prevenção e controle de riscos sanitários nos EM realizados. A metodologia utilizada envolveu análise documental de relatórios das atividades realizadas pela Visa do DSCH nos EM, no período antes, durante e pós evento, além da legislação específica para EM. O estudo revela que o planejamento foi atrelado a regras definidas pela Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Pode-se inferir que as práticas com compreensão do território promoveram maior abrangência no controle do risco sanitário nos EM. O planejamento e execução das ações tiveram resultados distintos, onde a Copa das Confederações surge com estratégias mais tímidas, sendo evoluído para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos com melhor amplitude tendo em vista maior participação da Visa distrital nas discussões com os organizadores dos eventos e empresas prestadoras de serviços, além de avaliações dos projetos de estrutura física e execução dos eventos. Os resultados revelaram que as ações desenvolvidas para controle do risco sanitário no período pré, constituíram-se de diagnóstico dos estabelecimentos da área adstrita ao estádio, inspeções e atividades educativas com o setor regulado; análise dos projetos dos eventos para o estádio. No período do evento as ações desenvolvidas foram determinadas por inspeções no estádio nos serviços instalados de alimentação, saúde e nos serviços de interesse da saúde. Conclui-se que a Visa do DSCH esteve instigada no desafio dos objetos do estudo com expansão das suas atividades o que promoveu mudanças no processo de trabalho, sendo necessário aprofundar as técnicas de planejamento mais sistematizadas com discussões para inclusão de ações de promoção à saúde nos EM. Por fim, sugere-se um olhar mais amplo, com discussão das práticas, reiterando a intersetorialidade e a interinstitucionalidade como elementos adicionais às ações da Visa.