Ateliês de insurgência para o ensino de ciências: ideias para uma reconciliação com a natureza a partir de Daniel Munduruku

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Yngrid Lizandra Medeiros de lattes
Orientador(a): Vieira, Fabio Pessoa lattes
Banca de defesa: Almeida, Rosiléia Oliveira de, Severo, Thiago Emmanuel Araújo, Vieira, Fabio Pessoa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38909
Resumo: Entendo as relações humano-natureza na atualidade embebidas por utilitarismo e antropocentrismo que fomentam formas de ser e estar no mundo desligadas da dinâmica natural. O Ensino de Ciências, nessa perspectiva, tem somado com o afastamento do humano da natureza, uma vez que se aprisiona em narrativas e discursos monolíticos e hegemônicos das ciências modernas pautadas no cientificismo e reducionismo dos processos, fenômenos e seres naturais. Contudo, há culturas e povos que não se deixaram permitir esse afastamento, uma vez que suas ontologias, mais próximas de uma lógica relacional, compreendem e se percebem como pertencidos à natureza, impossibilitando qualquer construção epistêmica e prática dissociada dessa. Por isso, reflito se não seria possível aprender e dialogar no Ensino de Ciências junto a essas ontologias acerca de compreensões sobre natureza mais imbricada com o humano. Para isso, traço como objetivo de pesquisa criar ateliês de insurgência, espaços de diálogos horizontais entre Ciências e Saberes Tradicionais, a partir dos conhecimentos de Daniel Munduruku, como espaços formativos plurais para o Ensino de Ciências. Para responder esse objetivo, assumo como caminho metodológico a pesquisa do tipo qualitativa de abordagem narrativa, fundamentada a partir das matrizes paradigmáticas, epistêmicas e políticas dos estudos decoloniais.