O paradoxo do turismo no Vale do Capão: olhar antropológico sobre uma nova ruralidade brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pellissier, Yann
Orientador(a): Uriarte, Urpi Montoya
Banca de defesa: Müller, Cíntia Beatriz, Carvalho Filho, Milton Júlio de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23893
Resumo: Este trabalho de pesquisa procurou analisar os impactos do turismo em um povoado turístico e neo-ruralista da sociedade brasileira: o Vale do Capão, situado às margens do Parque Nacional da Chapada Diamantina, no Estado da Bahia. Chamado de laboratório de vida alternativa pelos atores em mobilidade de lazer que o visitam – turista, vilegiaturista e morador de residência secundária –, o Vale do Capão tem a particularidade de ser o lugar de experimentos alternativos neo-ruralistas. Citadinos que fugiram da vida urbana para instalarse no campo, os neo-rurais formam, com os nativos – população historicamente implantada –, a população local do Vale do Capão. São eles, seus valores, seus modos de viver e seus territórios, que lidam com os impactos da atividade turística. Mesmo se os neo-rurais conhecem bem o paradoxo do turismo – estragar a diversidade cultural e ecológica dos alhures que o faz viver –, os vícios deste mercado não deixam de complicar os seus experimentos alternativos; do lado dos nativos, cuja vida tradicional já mudou há muito tempo com a presença dos de fora, como toda população local confrontada aos impactos da atividade turística, eles oscilam, tanto cúmplices quanto vítimas, entre crescimento econômico e defesa da singularidade do seu modo de vida.