Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Menezes Junior, Gustavo Emanuel Cerqueira |
Orientador(a): |
Torrenté, Mônica de Oliveira Nunes de |
Banca de defesa: |
Costa, Heloniza Oliveira Gonçalves,
Teixeira, Carmen Fontes de Souza,
Campos, Rosana Teresa Onocko,
Barreto, Theo da Rocha |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29136
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Resumo: |
É recente a transformação do modelo assistencial e das abordagens práticas em Saúde Mental, onde os serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos apresentam papel estratégico de articulação com o território e desenvolvem ações inovadoras de ampliação conceitual e tecnológica para manejar cuidados diante das complexas situações de saúde, sugerindo a inclusão dos movimentos territoriais e suas singularidades. Ao considerar esta perspectiva ampliada, a Atenção Psicossocial passa a demandar intervenções dos distintos setores. A partir deste novo lugar, diferente, que se constitui com o surgimento de serviços que vivem o território, as práticas levam em consideração a integralidade do cuidado, imprimindo, a partir de intervenções multiprofissionais dialogadas entre si, articulações interdisciplinares e intersetoriais. Neste estudo, de inspiração etnográfica, partimos dos construtos políticos, legais e teóricos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, da articulação entre clínica e política, e da necessidade de transformação das realidades que operam na construção e/ou intensificação do sofrimento social para sugerir o termo crise psicossocial e observar as intervenções da Rede de Atenção à Saúde direcionadas ao cuidado compartilhado de adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social que fazem uso de drogas e encontram-se em momentos de crise psicossocial no território do Centro Histórico. Temos o objetivo de descrever as articulações intersetoriais em torno do cuidado a estes. Tomamos como campo de observação o Núcleo de Infância e Adolescência da rede ad, um espaço de promoção de articulação continuada proposto pelo CAPS ad Gregório de Matos. Foi realizada participação observante e entrevistas abertas a dez trabalhadoras e trabalhadores que compõem tal arranjo tecnológico. As reuniões acontecem semanalmente com o objetivo de discutir os casos, compartilhar o cuidado e produzir estratégias de acompanhamento do desenvolvimento dos projetos terapêuticos singulares que levam em conta a configuração das relações culturais e sanitárias do território. Constatamos a conformação de uma rede socioassistencial sensível às necessidades sociais de saúde dos sujeitos acompanhados e comprometida com a garantia de seus direitos de cidadania, onde é evidente a integração de políticas setoriais na perspectiva da articulação entre cuidados em saúde e cuidados sociais. Os entendimentos sobre crise psicossocial apontam movimentos de organização da atenção dispostos em três dimensões: institucional, social e singular. Na costura destas dimensões, destaca-se importantes movimentos clínicos, a intensificação de cuidados e as intervenções no território. Apesar de avançar na construção de articulações intersetoriais, este arranjo tecnológico encontra barreiras no que diz respeito a incorporação deste modo de organização intersetorial por parte da macroestrutura, uma vez que a política enrijecida da gestão municipal além de não investir em políticas de proteção social, não abre possibilidades para o estabelecimento de intersecções entre os setores da assistência social, saúde e educação. |