Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Dias Júnior, Elson Moura |
Orientador(a): |
Taffarel, Celi Nelza Zulke |
Banca de defesa: |
Silva, Wellington Araújo,
Santos Júnior, Cláudio de Lira,
Peixoto, Elza Margarida de Mendonça,
Freitas, Francisco Máuri de Carvalho |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16906
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Resumo: |
Se configurando como ponto de partida da pesquisa, definimos enquanto pergunta síntese: como se manifesta o fenômeno da alienação e estranhamento em uma produção humana de ordem não material, neste caso, na cultura corporal? Destacamos que não se trata de uma questão que surge de nossa cabeça; antes, está ancorada em uma realidade empírica de falta de acesso às produções humanas da cultura corporal. Nosso desafio foi o de entender como uma produçãoque incialmente o produto énão separável do produtor, pode se estranhar deste. Em definindo a pergunta síntese, identificamos que uma revisão bibliográfica nos ofereceria a instrumentalização necessária na busca pela resposta. Para tal, inicialmente recorremos aos clássicos marxianos – notadamente Manuscritos Econômicos de 1844, Sagrada Família e Ideologia Alemã-e textos marxistas por reconhecer que aí encontramos a definição de alienação/estranhamento por excelência. Coube uma análise diferenciada entre os fenômenos da alienação (Entausserung) e estranhamento (Entfremdung) entendendo-os a partir da determinação de um pelo outro. Após, a partir de um estudo ontológico, definimos a cultura corporal como atividade humana de caráter não material em que o produto é, inicialmente, não separável do produtor; afasta-se aparentemente do trabalho enquanto intercâmbio orgânico sem deixar de ser determinada pelo modo de produção. No terceiro e último capítulo sintetizamos a discussão relacionando o fenômeno do estranhamento no campo da cultura corporal. Apontamos as expressões objetivas e subjetivas do fenômeno. Ao fim destacamos que aquilo que inicialmente é não separável do produtor, por conta das determinações históricas, tem sua estrutura modificada, transita para o campo das produções separáveis onde o sentido passa a não corresponder com o significado e passa a se constituir enquanto mais uma das mercadorias a serem trocadas no grande mercado. Isto inevitavelmente causa uma limitação no acesso. O produtor se estranha do produto, do processo e do gênero humano. Esta expressão objetiva encontra correspondência no campo da subjetividade onde o processo de apropriação da cultura corporal se dá a partir de uma apropriação em-si, uma identificação espontânea, tendo-as não como suas produções, mas sim como pressupostos de sua atividade, ou seja, a cultura corporal se estranha ao produtor. |