Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Laerson Morais Silva
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Orientador(a): |
Rigo, Ariádne Scalfoni
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Banca de defesa: |
Rigo, Ariádne Scalfoni
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Teodósio, Armindo dos Santos de Sousa
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França Filho, Genauto Carvalho de
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Araújo, Edgilson Tavares de
,
Silva Júnior, Jeová Torres
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)
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Departamento: |
Escola de Administração
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35654
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Resumo: |
Iniciativas da sociedade civil buscam promover inserção econômica e outros benefícios à sociedade. No Baixo Sul, um território da Bahia – Brasil, há um exemplo com organizações que estão articuladas num programa de desenvolvimento local chamado Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS). Elas objetivam melhorar as condições de vida de moradores, contudo, os resultados que esses tipos de organização alcançam é, muitas vezes, uma incógnita (FRANÇA FILHO, 2004). Esses resultados são tratados na literatura por meio de várias terminologias, como efetividade, impacto social, ou ainda o termo utilidade social (GADREY, 2005; SILVA JÚNIOR, 2016), adotado neste trabalho, por considerar que esses resultados são multidimensionais e objetivam reduzir/eliminar desigualdades sociais. Os estudos sobre a avaliação desses resultados ganham destaque (SILVA JUNIOR, 2016), contudo ainda há lacunas práticas e teóricas. Nesse cenário, o objetivo principal deste trabalho foi co-construir, com essas organizações, uma metodologia de avaliação da utilidade social que considere a perspectiva dos beneficiários. Para tanto, buscou-se: (i) desmitificar a ideia de avaliação em organizações da sociedade civil; (ii) analisar as práticas de avaliação utilizadas por elas; (iii) apresentar os estímulos e obstáculos para a realização dessa avaliação; e (iv) co-construir uma metodologia de avaliação da utilidade social junto com tais organizações. A co-construção compreende esse fazer com os sujeitos organizacionais e os beneficiários e, para isso, foram utilizados os seguintes procedimentos: observação, entrevistas individuais e grupos focais, junto a cinco gestores, seis colaboradores e três beneficiários de sete organizações vinculadas ao PDCIS. Além disso, foi realizada a análise documental dos instrumentos e relatórios de avaliações realizadas nessas organizações. Os resultados desta tese são de dois tipos: um teórico-científico, apresentado especialmente nas180 primeiras páginas deste (até as considerações finais). O segundo é um produto técnico, que compreende a metodologia co-construída, apresentadas nos apêndices do mesmo. Este metodologia assume as seguintes premissas: (a) ser multidimensional, (b) considerar que os sujeitos avaliados são atores ativos da construção dessa metodologia e da realização da avaliação, (c) ser flexível para se ajustar aos variados tipos de organizações, pois elas atuam em contextos e com objetivos variados, e (d) ser baseada na perspectiva dos beneficiários. O trabalho teórico-científico demonstra estímulos para a avaliação, relacionados com a busca da compreensão e melhoria dos processos e com legitimação dessas organizações junto a terceiros. Neste, foi desvelado que mesmo organizações estruturadas não possuem uma cultura de avaliação da utilidade social e alguns desafios ajudam a explicar isso: falta de qualificação para a síntese e análise dos dados; dificuldade em mensurar o acance de alguns objetivos; e como direcionar os recursos para a avaliação. Ficou evidenciado que a primeira etapa da avaliação precisa ser de diagnósticos das práticas já desenvolvidas. Porém, embora as organizações consideradas já adotassem alguma prática de avaliação, verificamos que uma consultoria contratada para tal, mesmo incluindo importantes atores no processo, não considerou as rotinas de avaliação já adotadas. Assim, no campo tivemos a confirmação de que procedimentos de avaliação incorrem no erro de não considerar o conhecimento já existente nas organizações sobre a avaliação. |