Análise geométrica, cinemática e dinâmica de estruturas neotectônicas da formação barreiras no litoral dos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte – Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Rebeca de Jesus
Orientador(a): Gomes, Luiz César Corrêa
Banca de defesa: Lima, Carlos César Uchôa de, Silva, Idney Cavalcanti da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32323
Resumo: A Formação Barreiras (FB) é uma cobertura sedimentar datada do Mioceno que ocorre em grande parte da costa Brasileira. Sua deposição é contemporânea ao início das atividades Neotectônicas e essa correlação temporal é registrada na FB em forma de feições estratigráficas, faciológicas e deformacionais. Este trabalho objetiva caracterizar a geometria, a cinemática e a dinâmica das feições estruturais observáveis na FB em macroescala, tais como lineamentos e perfis geofísicos, e mesoescala, como dados decampo, ao longo do litoral entre os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A análise estrutural foi feita com auxílio de softwares como Stereonet, Wintensor, FaultKin e ArcGIS, a partir dos quais foram feitos o traçado de lineamentos de relevo, a plotagem das estruturas em estereogramas, a plotagem dos eixos cinemáticos de encurtamento e extensão (dispersão e contorno), e a obtenção dos campos de tensão geradores. A análise dos dados indicou 3 fases de deformação rúptil na FB. A primeira tem caráter normal e nucleou estruturas NE-SW e NW-SE em um padrão ortorrômbico herdado do embasamento cristalino e das bacias sedimentares marginais. Essas falhas normais ortogonais funcionaram como falhas limítrofes que condicionaram a deposição da FB no continente, num regime análogo ao de uma bacia. É possível ainda que essas falhas tenham atuado como mecanismo de criação de espaço de deposição. Ambas as orientações do par ortogonal foram reativadas em pulsos de deformação transcorrente subsequentes, que também geraram pares conjugados. O primeiro pulso nucleou falhas sinistrais NE-SW e dextrais NW-SE, num campo de tensão com tensor máximo N-S e extensão E-W. O segundo pulso nucleou falhas dextrais NESW e sinistrais NW-SE, num campo de tensão com tensor máximo ENE-WSW e extensão N-S.