Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Rezende, Patrícia de Souza |
Orientador(a): |
McCallum, Cecilia Anne |
Banca de defesa: |
Dejo, Vania Nora Bustamante,
Estela, Estela,
Belaunde, Luisa Elvira,
Rezende, Claudia Barcellos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva-ISC
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18259
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Resumo: |
Estudo etnográfico na área da Saúde Coletiva, com abordagem antropológica, sobre a constituição da reprodução enquanto um processo biossocial realizado numa vila em uma ilha na região do Baixo-Sul do Estado de Bahia entre 2011 e 2015. Os sujeitos desta tese são marisqueiras e pescadores, majoritariamente negros e de baixa renda, cujo mundo está imerso em processos de transformações sociais. Vivenciam a expansão da vila, o maior acesso a tecnologias e interações dinâmicas com práticas e saberes de diferentes ordens de conhecimento, tanto locais quanto globais, junto a um estreitamento de contato com a esfera urbana, possibilitada por mudanças infraestruturais, nos serviços estatais e no sistema de transporte. Durante um período de oito meses de observação participante, a pesquisa focou as experiências de gravidez, parto e puerpério de dezoito mulheres desta vila. A tese explora as formas em que o processo reprodutivo se constitui no mundo relacional desse povo, nas relações estabelecidas cotidianamente entre os diversos sujeitos, em redes de parentesco e afinidade, e nas relações com os serviços de saúde – dentro e fora da vila – em um contexto de desigualdades de poder, na intersecção entre classe social, raça e gênero. Sublinha-se o papel exercido pelo Estado nestas relações, através da biopolítica, sobretudo relativo ao universo da seguridade social, que é central nesta localidade. Reforçamos o caráter multifatorial da reprodução como um fenômeno amplo, integrado à vida social e marcado por relações de poder. Sinalizamos a interferência que as forças sociais e políticas de nível macro e micro exercem na vida cotidiana e reprodutiva das mulheres deste estudo. Demonstramos ainda como a reprodução é a principal dimensão da vida das mulheres que as coloca em relacionamento com o serviço de saúde – relação que é oscilante, tendo durante a gestação e o puerpério presença menor do que durante o parto. |