A construção do personagem e a singularidade no documentário contemporâneo brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pereira, Luiz Philipe Fassarella
Orientador(a): Serafim, José Francisco
Banca de defesa: Pinheiro, Joceny de Deus, Jesus, Guilherme Maia de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25180
Resumo: Partindo do princípio que o documentário é uma representação, tão fiel quanto possível, da realidade, mas que, mesmo se propondo a atender à essa premissa, faz uso constante de personagens que na maioria dos casos ilustram o tema proposto, e levando-se em conta que o emprego de personagens é uma tradição oriunda de obras ficcionais, este trabalho se propõe a investigar quais os mecanismos que “permitem” a utilização de personagens em obras audiovisual não-ficcionais, analisando as estratégias de construção dos quais dispõe o documentarista durante a tomada. Para isso trançamos um percurso histórico que nos possibilitou observar as distintas atribuições postas aos personagens durante os movimentos que marcam a tradição do documentário e a partir daí estabeleceu-se uma comparação entre os modelos protótipos do gênero não-ficcional e o personagem do documentário contemporâneo, que acreditamos inaugura e fortalece um movimento que chamaremos de documentário de personagem singular. As principais motivações deste trabalho estão centradas nas hipóteses de que há uma construção/ condução do ator social, personagem, na tomada, realizada pelo sujeito-da-câmera, realizador, e que distintos métodos de realização geram também distintos resultados. Nossa segunda hipótese basilar é que se configura na contemporaneidade um movimento temático estilístico que dá ao personagem o lugar central da enunciação, distinto do que foi feito no documentário clássico e documentário moderno. Partindo dessas hipóteses, segue nosso panorama histórico e teórico.