Reorganização do movimento petroleiro e petroquímico e a criação do PT em Alagoinhas/BA (1974-1984)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cruz Junior, Antonio Sales da
Orientador(a): Cardoso, Lucileide Costa
Banca de defesa: Moreira, Raimundo Nonato Pereira, Dias, José Alves, Cardoso, Lucileide Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33239
Resumo: A dissertação analisa a história do movimento dos petroleiros e petroquímicos da Bahia, entre os anos de 1974-1984, e a sua influência na criação do PT em Alagoinhas/BA. O problema teórico-metodológico enfrentado por nós nesse estudo foi o da totalidade, da qual os eventos analisados são um momento determinado. Contudo, não deixamos de reconhecer as singularidades de cada um deles. Nos anos 1960, ocorreu, na Bahia, a primeira greve petroleira do país. No inicio, a Petrobrás não praticava um salário nacional, e os operários da RLAN, por não acharem justo receber menos que os seus co-irmãos da refinaria de Cubatão/SP, deflagraram o movimento denominado ―equipara ou pára aqui‖. Em 1962 conseguiram receber integralmente igual aos paulistas e já participavam das tomadas de decisões administrativas da refinaria de Mataripe. Mas veio o golpe de 1964, as intervenções nos sindicatos e uma gestão militarizada que não dava espaço aos representantes dos trabalhadores. Dez anos depois, com o anúncio da distensão política e a vitória das oposições nas eleições, vieram as mobilizações pela correção monetária do período 1973-1977, devido ao ―erro‖ do governo no cálculo do índice inflacionário de 1973. O equívoco desaguou na reativação da vida sindical no país, com o retorno das grandes greves. Tudo isso – junto às movimentações nas bases petroleiras (principalmente no Rio Grande do Sul e Paulínia/SP, onde correu um abaixo-assinado pela correção monetária) – levou a direção da Petrobrás a voltar a negociar com os sindicatos. Nesse ínterim, as ―lideranças autênticas‖ já sentiam a necessidade de um partido para a classe trabalhadora e, em 1978, apresentaram pela primeira vez essa proposta num Encontro dos petroleiros, realizado em Salvador/BA.