Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Lorena do Nascimento dos
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Orientador(a): |
Oliveira, Jeane Freitas de
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Banca de defesa: |
Oliveira, Jeane Freitas de
,
Rodrigues, Andreia Silva
,
Mantovani, Maria de Fátima
,
Oliveira, Michele Mandagará de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38515
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Resumo: |
A pandemia Covid-19 oportunizou repercussões socioeconômicas, culturais, políticas, de saúde e entre os gêneros para todos os grupos populacionais, entretanto, as mulheres foram mais afetadas pelos efeitos devastadores da crise. No contexto, a mídia teve papel relevante tanto no compartilhamento das informações e na influência para adoção das medidas de proteção e promoção à saúde, quanto na divulgação das implicações de desigualdades e vulnerabilidades intensificadas na vida das mulheres. Trata-se de uma pesquisa documental, qualitativa, com objetivo de conhecer as repercussões da pandemia Covid-19 para as mulheres, a partir de publicações divulgadas pela mídia. Foram utilizadas 81 reportagens, selecionadas no período de março de 2020 a junho de 2021, nas versões digitais do jornal O Globo e no Universo On-line. Após o tratamento textual das reportagens, realizou-se a análise dos títulos, por meio do software IRAMUTEQ, resultando na formação da nuvem de palavras. Em seguida, o conteúdo das reportagens foram organizados e submetidos à análise de conteúdo por Bardin, com formação de 4 categorias empíricas: 1) Pandemia: agravos para saúde das mulheres; 2) Intensificação das desigualdades de gênero e socioeconômicas; 3) Sobreposição de trabalhos no espaço doméstico; 4) Situações de violências pelo isolamento social. Pode-se evidenciar que o cenário da pandemia Covid-19 modificou estruturas, relações e o significado do cotidiano das mulheres, sobretudo, após a implementação das medidas restritivas. Em consequência, foram afetadas com os impactos de ordem socioeconômica, pelo aumento do desemprego, por serem maioria fora do mercado de trabalho e com risco ao sustento. As evidências indicam maior susceptibilidade às situações e casos de violências de gênero, especialmente doméstica e feminicídios, em decorrência do isolamento social, considerado um potencializador para o aumento das denúncias e pedidos de ajuda. Outro fator agravante, é a intensificação da sobrecarga de trabalho domiciliar e cuidado intrafamiliar diante da permanência prolongada em casa. O acúmulo das funções associadas às condições extremas do trabalho formal, o medo e a exposição da contaminação e restrições de circulação contribuíram para o adoecimento físico e mental das mulheres. Todavia, o acesso aos serviços de saúde e as redes de enfrentamento à violência foram limitados, resultando em barreiras para consultas básicas de saúde sexual e reprodutiva, além de dificultar o rompimento do ciclo da violência. Deste modo, a mídia revelou a intensificação de problemáticas estruturais das situações de vulnerabilidade e das desigualdades de gênero na vida das mulheres, em decorrência das repercussões da pandemia Covid-19. Diante do cenário, foram as mais impactadas pelo agravamento das situações preexistentes e/ou geradas pelo cenário, sob a perspectiva dos distintos contextos, especialmente ao interseccionar raça e classe sob a perspectiva de gênero. |