Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Rios, Mino Correia |
Orientador(a): |
Gondim, Sônia Maria Guedes |
Banca de defesa: |
Malvezzi, Sigmar,
Chiuzi, Rafael Marcus,
Almeida, Vania Hirle,
Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Psicologia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19011
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Resumo: |
O presente estudo investigou a relação entre estado dos contratos psicológicos e estados emocionais, moderada pela centralidade do trabalho e pelas estratégias de regulação emocional, junto a docentes do ensino superior. Ao longo dos últimos anos o ensino superior brasileiro vem passando por uma série de transformações. Isso levou não somente a uma expansão no número de instituições atuando no país, como também a uma mudança qualitativa no perfil desses centros de ensino e na relação com seu principal elemento estratégico: o docente. Apesar dessas transformações e de seus impactos potenciais, o número de estudos sobre o tema é ainda restrito, tanto em relação ao docente do ensino superior, quanto em termos da relação proposta entre as variáveis. O estudo foi conduzido com base em um survey, com dados sociodemográficos dos participantes, além de medidas de Escala de obrigações dos docentes (envolvendo aspectos acadêmicos e institucionais); Escala de contrapartidas institucionais (divididas em homomórficas e heteromórficas); Escala de estado dos contratos; Escala de afetos positivos e negativos (PANAS); Escala de centralidade do trabalho (Absoluta e relativa); e Escala de estratégias de regulação das emoções (dividida em reavaliação e supressão). Um total de 232 docentes do ensino superior oriundos de diferentes regiões do Brasil responderam à pesquisa. A amostra indica prevalência de docentes de instituições privadas (67,4%) e com até quatro anos de experiência como docentes (45,1%). Em relação ao conteúdo dos contratos psicológicos, os docentes apontaram percepções de obrigações elevadas e diversificadas, ainda que com destaque para aquelas relacionadas ao ensino. Indicaram também expectativas elevadas em relação às contrapartidas institucionais, especialmente em relação àquelas relacionadas de forma mais direta ao que o docente investiu e ao seu investimento enquanto empregado. Em termos da qualidade da troca e dos estados emocionais, a percepção geral é a de contratos satisfeitos em boa parte de seus componentes, e prevalência dos estados emocionais positivos em comparação com os negativos. Os professores indicaram ainda elevada centralidade do trabalho, além do uso prioritário da reavaliação enquanto estratégia de regulação das emoções. Em relação às hipóteses consideradas pelo estudo, a primeira foi plenamente confirmada, tendo em vista que os estados emocionais foram preditos pelos estados dos contratos psicológicos. Os resultados mostram, inclusive, poder preditivo não somente em relação às emoções negativas (objeto da maior parte dos estudos), mas em relação às emoções positivas. Essa predição mostrou-se em especial poderosa em relação às trocas institucionais, sinalizando um docente que percebe seu papel enquanto empregado de forma cada vez mais forte. Na segunda hipótese testou-se o modelo completo, envolvendo o papel moderador da centralidade do trabalho e das estratégias de regulação. Aqui houve apenas suporte parcial, tendo em vista que só foi verificado efeito de moderação no caso das emoções negativas e, ainda assim, de forma limitada. Uma explicação possível, nesse caso, refere-se à prevalência de docentes com pouco tempo de experiência, o que resultaria em menor habilidade de manejo das estratégias de regulação e, assim, com menos efeitos visíveis das mesmas nas vivências emocionais. As principais limitações relacionadas ao estudo referem-se à dificuldade de acesso aos docentes, de modo a incrementar a validade externa do estudo, e a necessidade de se avaliar os fenômenos em questão em termos de suas características dinâmicas, o que seria possível por meio de estudos longitudinais. |