Os indígenas e a fotografia no Brasil: dos gabinetes científicos aos cartões-postais (1844-1916)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Trapiá, Sheyla Pinto lattes
Orientador(a): Negro, Antonio Luigi lattes
Banca de defesa: Negro, Antonio Luigi lattes, Mauad, Ana Maria lattes, Oliveira Filho, João Pacheco de lattes, Carvalho, Daniel Rebouças lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41027
Resumo: Essa dissertação investiga os circuitos sociais de fotografias de indígenas do território brasileiro produzidas na segunda metade dos oitocentos, de modo a alcançar os sujeitos envolvidos na produção, agenciamento, consumo e arquivamento dessas imagens. No primeiro momento são analisados alguns dos produtores desse tipo de imagem e os usos dados às fotografias, identificando como a imagem fotográfica dos indígenas foi mobilizada por cientistas, fotógrafos comerciais, editores e consumidores de cartões-postais. A seguir, investiga uma situação excepcional de adoção interétnica envolvendo uma criança Bororo e uma família da elite oitocentista, na qual a produção de retratos fotográficos do menino adotado (batizado Guido) foi uma estratégia de manutenção da memória por parte da mãe adotiva. Tratado como filho legítimo, Guido foi fotografado em estúdio na última década do século XIX e a família propiciou ainda a produção de retratos de outras duas crianças indígenas, cujo nomes só sabemos o de Salvador. Ao investigar os circuitos sociais dessas fotografias, a pesquisa busca compreender como o status social de cada criança impactou no modo como essas imagens foram agenciadas, circuladas e preservadas. Por fim, a dissertação examina cartões-postais produzidos com os retratos de Salvador e da criança anônima, circulados entre 1898 e 1908. Além de aspectos relacionados à produção desses cartões-postais, são investigados aqueles relacionados à circulação. Desse modo, as mensagens deixadas nos cartões permitem analisar como os remetentes construíam, com o auxílio da fotografia, suas representações e visões sobre a população indígena brasileira.