Ação citoprotetora de compostos presentes no extrato diclorometânico de sementes da Amburana Cearensis em modelo agudo de isquemia encefálica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sanches, Flávia Santos lattes
Orientador(a): Silva, Victor Diogenes Amaral da
Banca de defesa: Silva, Victor Diogenes Amaral da, Pinto, Mauro Cunha Xavier, Santos Junior, Aníbal de Freitas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular (PMBqBM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40111
Resumo: A isquemia encefálica é caracterizada pela interrupção de suprimento sanguíneo, diminuindo a oferta de oxigênio e nutrientes para o tecido nervoso. Como consequência, ocorre déficit energético, estresse oxidativo e inflamação, que levam a morte celular. A excitotoxicidade glutamatérgica é um dos mecanismos fisiopatológicos presentes em doenças neurodegenerativas crônicas e agudas, como o acidente vascular encefálico isquêmico. O excesso de glutamato promove apoptose nos neurônios, aumentando a entrada de Ca2+ na célula, resultando em danos ao DNA e morte celular. Por outro lado, os astrócitos controlam ativamente o excesso de glutamato para prevenir a morte neuronal. Nossos estudos anteriores demonstraram melhora na função de células neurais tratadas com compostos presentes no extrato de diclorometano das sementes de Amburana cearensis (EDAC) contra a privação de oxigênio e glicose (OGD) e estresse pelo excesso de glutamato. No entanto, mais estudos precisam ser feitos para compreender mais a fundo os mecanismos e caracterizar a cumarina, principal composto do EDAC, como agente farmacologicamente ativo. Sabe-se que a isquemia cerebral pode levar à ativação de cascatas como PI3K/AKT e MAPK, aumentando a expressão de proteínas como AKT e ERK1/2, e também modular a expressão da glutamina sintetase (GS), marcador de astrogliose, que converte glutamato em glutamina, um aminoácido não tóxico. Portanto, este estudo tem como objetivo investigar o mecanismo de ação do EDAC e da cumarina isolada na regulação de proteínas da via MAPK e AKT modelo in vitro de AVE isquêmico. Assim, linhagens celulares PC12 foram submetidas a OGD ou glutamato (20 mM) e/ou tratadas concomitantemente com EDAC (500 μg/mL) e cumarina (500 μm/mL) por 24 horas. Posteriormente, a viabilidade celular foi avaliada por iodeto de propídeo ou MTT. Além disso, a expressão das proteínas da via AKT e MAPK foi investigada por Western Blot, e a expressão da caspase 3 por imunofluorescência. EDAC e cumarina foram capazes de proteger células PC12 em condição de OGD e o EDAC foi capaz de proteger as células contra a toxicidade do glutamato (20 mM). Ambos foram capazes de regular a expressão de AKT, ERK1/2 e ERK fosforilada e regular negativamente a caspase 3. Nossos resultados demonstram que EDAC e cumarina têm um potencial efeito farmacológico em modelos agudos de isquemia e esclarecem os mecanismos de ação relacionados ao efeito neuroprotetor de compostos de sementes de A. cearensis em modelo de estudo de isquemia encefálica.