Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Guterres, Jaires Oliveira Santos
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Orientador(a): |
Barreira, Maria Isabel de Jesus Sousa |
Banca de defesa: |
Silva, Fabrício Oliveira da,
Belluzzo, Regina Celia Baptista,
Mata, Marta Leandro da,
Alves, Fernanda Maria Melo,
Barreira, Maria Isabel de Jesus Sousa |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
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Departamento: |
Instituto de Ciência da Informação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39343
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Resumo: |
O “ser da roça agrestiana” refere-se a um sentimento de pertença e reconhecimento nos espaços rurais, onde se constitui singularidades. O rural é, portanto, um lugar de construção identitária, de vivências, onde se nutre o desejo constante de permanência e de criar laços afetivos. O modo como a vida se manifesta no rural revela um entrelaçamento constante com a informação, seja na relação dos sujeitos com o manuseio da terra, dos recursos hídricos, da agricultura familiar camponesa, da escolarização e de tantos outros aspectos. Por isso, a investigação busca compreender o sentido da Competência em Informação nas vidas dos sujeitos que moram na roça agrestiana. Para atender a essa pretensão, traçou-se os objetivos específicos: 1) entender, a partir das ruralidades, como os sujeitos acessam e usam informações na roça; 2) identificar e analisar as evidências da Competência em Informação imersas no tracejado de vida dos atores; 3) discutir de que maneira o acesso à informação contribui para a trajetória de vida dos sujeitos e 4) apresentar um planejamento de Educação em Competência em Informação. Parte-se da premissa de que essas histórias de vida desvelam o modo como os sujeitos desenvolvem e empregam Competência em Informação no seu cotidiano na roça do agreste sergipano, admitindo que esses saberes, habilidades, atitudes e valores são tensionados e (re)pensados em um decurso contínuo de aprendizagem consciente, crítica e reflexiva. Para responder aos objetivos, adotou-se a pesquisa qualitativa, com uma combinação epistêmico-metodológica da etnografia e da (auto)biografia. As entrevistas narrativas (auto)biográficas, as fotografias e as observações da pesquisadora compõem-se nos dispositivos de pesquisa eleitos. Salienta-se que o estudo foi desenvolvido no Município de Riachão do Dantas, situado no Agreste Sergipano e os atores selecionados residem nas áreas rurais, especificamente nos povoados da Lagoa, Alto do Cheiro e Barro Preto. Para proceder à análise do modo como a vida se manifesta no rural agrestiano, identificou-se as ruralidades contemporâneas que emergiram das articulações sociais: espaciais, produtivas, questionadoras e informacionais. Tais ruralidades evidenciaram a dinâmica de acesso e o uso informacional dos atores da pesquisa, e percebeu-se que eles empregam ações desejáveis para serem competentes em informação. Contudo, têm certa dificuldade em tensionar as informações acessadas e, além disso, carecem de informações essenciais para a sua completa emancipação. Essas informações não estão facilmente acessíveis e, por vezes, os sujeitos não têm consciência de que é preciso buscá-las. Chega-se à percepção, destarte, de que ao falar de si, os sujeitos refletem sobre os seus saberes, habilidades, atitudes, valores e, quiçá, os (re)configurem. A pesquisa apresenta uma estrutura e um planejamento para promover uma Educação em Competência em Informação, o que pode representar uma ação assertiva tanto em espaços rurais quanto em outros contextos. No caso da roça agrestiana, lócus desta pesquisa, é preciso considerar as particularidades de vida das pessoas campesinas. |