Doença aterosclerótica intracraniana e sua relação com o prognóstico de pacientes com eventos cerebrovasculares agudos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pedreira, Bruno Bacellar
Orientador(a): Melo, Ailton de Souza
Banca de defesa: Junior, Roque Aras, Cardoso, Eduardo Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
AVC
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24192
Resumo: RESUMO Introdução e objetivos: As doenças cerebrovasculares representam a primeira causa de morte no Brasil e a principal causa de incapacidade não traumática no mundo. Possivelmente algumas características a respeito da etiologia podem predizer o risco de recorrência e o prognóstico do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) ou ataque isquêmico transitório (AIT). Espera-se que intervenções individualizadas de acordo com o subtipo possam modificar este prognóstico. O objetivo do nosso estudo foi avaliar a frequência de doença aterosclerótica intracraniana (DAIC) na população de pacientes admitidos com AIT ou AVCi e sua relação com a condição funcional após três meses. Métodos: Foi realizada uma coorte prospectiva em pacientes consecutivos maiores de 18 anos, com diagnóstico de AVCi ou AIT que possuíam na sua investigação etiológica estudo da circulação intracraniana. Os pacientes que não eram previamente independentes (medidos pela escala de Rankin modificada) foram excluídos. Aos 90 (±15) dias foram reavaliados e registrados grau de incapacidade/independência por investigador cego ao resultado de neuroimagem, através das escalas de Barthel e mRS. Os dados foram considerados significantes se p < 0,05. Resultados: 52 pacientes preencheram critérios de inclusão. A média de idade foi de 66 (29 a 91 anos), metade do sexo feminino. DAIC foi identificada em 18 pacientes (34,6%), dos quais 50% tiveram mRS ≤ 2 após 90 dias, enquanto que no grupo sem estenose este percentual foi de 85,3%. Conclusão: Verificamos uma frequência de DAIC alta comparada aos estudos em populações norte americanas e européias, e semelhante aos asiáticos. Em pacientes com evento cerebrovascular agudo, a presença de DAIC está associada a pior prognóstico. Consideramos que é importante conhecer a prevalência de DAIC na nossa população, assim como seu impacto no desfecho dos pacientes para adequar protocolos de investigação em serviços de AVC no nosso país.