Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Jaqueline de Oliveira
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Orientador(a): |
Napoli, Marcelo Felgueiras
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Banca de defesa: |
Napoli, Marcelo Felgueiras
,
Dias, Iuri Ribeiro
,
Del Grande, Maria Lucia
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução (antigo Programa de Pós Graduação em Diversidade Animal-PPGDA)
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Departamento: |
Instituto de Biologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40277
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Resumo: |
Compreender a composição e a distribuição espacial das biotas de montanhas tem sido objeto de estudo para diversos grupos de trabalho. Destaca-se, como uma das questões a serem respondidas, a identificação de quais processos regulam a distribuição das comunidades bióticas ao longo de gradientes elevacionais, tema de grande interesse para diversas áreas do conhecimento. Todavia, no Brasil, consta apenas quatro estudos que testaram o efeito da elevação como uma das variáveis preditoras da estruturação de comunidades de anfíbios, todos restritos à Floresta Atlântica. O objetivo primário deste estudo foi identificar quais variáveis ambientais ao longo de um gradiente altitudinal no bioma Caatinga são capazes de explicar variações, caso existam, na estrutura de comunidades de anuros que habitam ambientes lóticos sem cobertura de dossel. Testamos as seguintes hipóteses: (i) o ambiente físico e biológico habitado pelos anuros se altera paulatinamente sob efeito do aumento gradativo da elevação e, por consequência, (ii) riqueza, (iii) abundância e (iii) composição de espécies de anuros respondem de modo direto à variação gradual das características físicas e biológicas do ambiente local que habitam. A área de estudo está inserida no Parque Nacional da Chapada Diamantina e regiões no entorno. Amostramos 20 unidades amostrais (UAs), em dois períodos (de maior e de menor pluviosidade), distribuídas ao longo de gradiente elevacional de 360m a 1310m (amplitude elevacional de ca. 950 m) e equanimemente agrupadas em cinco cotas elevacionais: 400, 600, 800, 1000 e 1300m. Buscamos por (i) padrões de estruturação das UAs em função das variáveis ambientais locais através da Análise dos Componentes Principais (PCA) e (ii) por padrões de ordenação da comunidade de anuros através do Método de Escalonamento Multidimensional Não-Métrico (NMDS). Testamos as hipóteses de que o gradiente elevacional (variável independente) é capaz de explicar variações nas características do ambiente, na riqueza e na abundância de espécies de anuros (variáveis dependentes) através de análise de regressão linear. Testamos a hipótese de que o conjunto de variáveis ambientais amostradas (variáveis independentes) são capazes de explicar o padrão de distribuição das espécies de anuros (variável dependente) ao longo dos gradientes ambientais utilizando a Análise de Regressão Linear Múltipla (ARLM). Registramos 613 espécimes de anuros, distribuídos em cinco famílias, nove gêneros e 21 espécies. A PCA resultou em quatro PCs mais representativos. A solução NMDS (2D) evidenciou estruturação da comunidade de anuros e o “turnover” de espécies ao longo do gradiente altitudinal. As características físicas e biológicas do ambiente e a estrutura da comunidade de anuros estiveram linearmente associados ao gradiente altitudinal, i.e., aumento na elevação seguido de aumento na abundância e decréscimo na riqueza de espécies. A ARLM revelou que o conjunto de variáveis ambientais locais é capaz de explicar a estrutura da comunidade de anuros ao longo do gradiente altitudinal, com destaque para variáveis climáticas e vegetação herbáceo-arbustiva marginal aos ambientes lóticos. Este foi o primeiro estudo a analisar o efeito simultâneo da elevação e das variáveis ambientais locais sobre a estrutura da comunidade de anuros no bioma Caatinga e, no Brasil, o de maior amplitude elevacional. |