Caracterização farmacológica da atividade antinociceptiva das fisalinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Milena da Silva
Orientador(a): Villarreal, Cristiane Flora
Banca de defesa: Velozo, Eudes da Silva, Baptista, Abrahão Fontes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Farmácia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmácia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22623
Resumo: Fisalinas são derivados esteroidais isolados da espécie Physalis angulata com diversas atividades biológicas já comprovadas. O objetivo desse trabalho foi investigar se as fisalinas possuem propriedade antinociceptiva e caracterizar essa atividade em modelos experimentais de dor. Os efeitos farmacológicos da mistura das fisalinas ( pool ) e das fisalinas purificadas B, G, D e F foram avaliados nos testes de contorções abdominais, formalina, hiperalgesia mecânica e edema de pata induzidos por adjuvante completo de Freund (CFA). O limiar nociceptivo foi avaliado por filamentos de von Frey e o edema em pletismômetro. Efeitos sobre o desempenho motor foram determinados pelos testes de rota rod e open field. A administração intraperitoneal da mistura de fisalinas (6,25-100 mg/kg) e das fisalinas isoladas (25-100mg/kg) produziu uma redução do número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético em camundongos. No teste da formalina, a administração das fisalinas (25-100mg/kg/IP) inibiu apenas a fase tardia, indicando que a ação antiinflamatória já descrita das fisalinas poderia ser o responsável pelo efeito antinociceptivo. Confirmando a especificidade da ação sugerida pelos testes nociceptivos, as fisalinas (100mg/kg/IP) não induziram déficit motor nos testes de rota rod e open field. A seguir, para confirmar se a ação antiinflamatória das fisalinas é o principal determinante do efeito antinociceptivo, os efeitos das fisalinas em um clássico modelo de inflamação a inflamação da pata induzida por CFA - foram avaliados. A mistura das fisalinas e a fisalina F (100mg/kg/IP) reduziram o edema, a hiperalgesia mecânica e a liberação local da citocina hiperalgésica TNF-α, induzidos por CFA. As fisalinas B, D e G na dose de 100 mg/kg não tiveram efeito antiinflamatório no teste do CFA, indicando que provavelmente para essas fisalinas a atividade antinociceptiva descrita aqui deve estar associada a outros mecanismos. O presente estudo demonstrou, pela primeira vez, que as fisalinas possuem um efeito antinociceptivo. De acordo com os dados apresentados aqui, é provável que, para a fisalina F, essa atividade esteja parcialmente relacionada à ação antiinflamatória e inibição de citocinas, enquanto que para as fisalinas B, D e G outros mecanismos devem estar envolvidos. O trabalho fornece suporte para a investigação do potencial terapêutico dessas substâncias para o controle da dor, embora novos estudos sejam necessários para melhor compreensão do mecanismo de ação das fisalinas.