Imperialismo, geopolítica do petróleo e desenvolvimento: relações globais de acumulação e o caso da Venezuela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Encarnação, Gustavo Melo Novais da lattes
Orientador(a): Kraychete, Elsa Sousa lattes
Banca de defesa: Kraychete, Elsa Sousa lattes, Menezes, Ana Maria Ferreira lattes, Souza, Antonio Renildo Santana lattes, Mendes, Denise Cristina Vitale Ramos, Encarnação, Gustavo Melo Novais da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais - PPGRI 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39432
Resumo: A história venezuelana recente foi marcada pelas diferenças entre os processos de desenvolvimento no que tange à utilização das divisas provenientes do setor petrolífero. A problematização da dependência do país em relação ao petróleo já vinha sendo apontada por autores como o economista Celso Furtado, que reconheciam os benefícios do “ouro negro” como potencial fonte de divisas, mas preconizavam sobre a necessidade de cautela referente à falta de diversificação industrial. Sem prejuízo da observação contextual do país, faz-se pertinente a análise das estratégias adotadas pela Venezuela a partir do surgimento da Petróleos de Venezuela S.A (PDVSA) – referente à utilização das divisas petrolíferas –, buscando compreender qual a relação entre os diferentes projetos políticos que encabeçaram o país a partir de então e as possíveis imbricações com o desenvolvimento venezuelano, observando a relação com o a dinâmica imperialista (enquanto expressão da expansão do processo de acumulação mundial) e as suas implicações nas contradições interno/externo. A pesquisa aqui apresentada tem como objetivo a compreensão, sob a perspectiva histórico-material, de quais os processos no âmbito das Relações Internacionais que levaram a Venezuela à perpetuação da situação de país subdesenvolvido e à crise político-econômica a partir de fatores internos e externos que, combinados, culminaram na impossibilidade de desenvolvimento venezuelano, entre os anos de 1976 e 2013. A revisão bibliográfica realizada a partir da leitura dos teóricos do imperialismo (vinculados à tradição marxista) e das teorias da Cepal constitui importante ferramenta para a compreensão da dinâmica de acumulação do modo de produção capitalista em escala global, assim como as correlações com a indústria petrolífera no âmbito da geopolítica mundial. O desenvolvimento do país passou por diversos obstáculos por conta da baixa diversificação econômica e dependência de um único produto. As perspectivas de ruptura com o subdesenvolvimento foram suprimidas por conta do baixo grau de heterogeneidade industrial e de planos de desenvolvimento nacional irregulares.