Atividades biológicas de extratos e frações das folhas de Persea americana e Syzygium malaccense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sousa, Zulane Lima
Orientador(a): Pungartnik, Cristina
Banca de defesa: Gesteira, Abelmon da Silva, Uetanabaro, Ana Paula Trovatti, Miller, Janisete Gomes da Silva, Micheli, Fabienne Florence Lucienne, Pungartnik, Cristina
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Departamento de Biointeração
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Renorbio - (Rede Nordeste de Biotecnologia)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24116
Resumo: Os produtos naturais são fonte de substâncias biologicamente ativas, especialmente as plantas, as quais passaram por anos de processos adaptativos contra fatores abióticos, como temperaturas extremas, falta de água, luz e nutrientes, assim como fatores bióticos, como insetos e micro-organismos. Esse processo adaptativo permitiu o desenvolvimento de metabólitos secundários que hoje são alvo para o estudo de compostos bioativos. Na área médica, a necessidade de novas drogas antimicrobianas ocorre devido ao crescente número de casos de micro-organismos resistentes às drogas de uso atual, além do que no caso dos antifúngicos, muitos são tóxicos, devido à similaridade de células eucariotas humanas e fúngicas. Na área agronômica, o problema de perda de produção pela ação de fitopatógenos é preocupante, principalmente para aquelas culturas que ainda não têm um método de controle eficaz e humanamente e ambientalmente seguros, como é o caso do cacaueiro (Theobroma cacao Linn.) infectado por Moniliophthora perniciosa (Stahel) Aime and Phillips-Mora, que causa a vassoura de bruxa. Com base nisto, este trabalho foi realizado com o objetivo de buscar substâncias bioativas em extratos das folhas de Persea americana Miller e Syzygium malaccense (L.) Merr. & Perry, plantas já utilizadas na medicina tradicional contra doenças infecciosas. A fração diclorometanólica de P. americana (PAD) apresentou atividade contra M. perniciosa com concentração de 500 µg/mL, apresentando 0,3% de sobrevivência quando comparado ao controle sem tratamento (p<0,05). Através dos estudos realizados, essa ação provavelmente é devida à presença de flavonoides nessa fração, os quais possivelmente agem sobre a membrana plasmática do fungo, levando-o à morte. Já o extrato bruto metanólico de S. malaccense (SMM) apresentou atividade contra Enterococcus faecalis resistente à vancomicina (ATCC 51299) e Staphylococcus aureus multirresistente (ATCC 43300), com concentração inibitória mínima (CIM) de 100 μg/mL. A fração aquosa de S. malaccense (SMA) mostrou atividade contra Candida albicans (CIM = 50 μg/mL) e Candida krusei (CIM = 6,25 μg/mL). A fração etanólica (SME) apresentou atividade contra Candida parapsilosis e C. albicans (CIMs = 100 μg/mL). Dessa maneira, tanto a fração PAD pode ser utilizada como uma alternativa para o controle da vassoura de bruxa, como as frações SMM, SMA e SME podem ser utilizadas para a elaboração de formulações farmacêuticas para o uso terapêutico.