Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Câmara, Ib Silva
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Orientador(a): |
Misi, Aroldo
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Banca de defesa: |
Garcia, Pedro Maciel de Paula
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Rios, Debora Correia |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia (PGGEOLOGIA)
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34756
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Resumo: |
O Brasil é o terceiro maior produtor de grafita do mundo, ocupando o estado da Bahia, o ranking de segundo maior produtor do país sendo a maior parte da produção oriunda da Província Grafítica Bahia-Minas, no contexto geológico do Orógeno Araçuai. Além desta, diversas regiões da Bahia registram ocorrências de grafita, como a área de estudo que localiza-se 350 km a norte dessa província e se situa no contexto tectônico do Complexo Tanque Novo–Ipirá (CTNI), Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, nordeste do Cráton do São Francisco. A área de estudo é constituída por rochas metassedimentares, onde as rochas hospedeiras são xistos, mármores e granulito tendo como encaixantes quartzitos, calcissilicáticas, mármores e formações ferríferas do CTNI. As análises petrográficas, com auxílio do MEV/EDS, apontam duas gerações de grafita: a primeira é associada ao processo de grafitização gerada pelo metamorfismo, sendo classificada como singenética apresentando flakes com três associações distintas relacionados ao metamorfismo progressivo de fácies xisto verde, anfibolito e granulito; Já a segunda geração, epigenética, é atribuída ao retrometamorfismo com percolação de fluidos hidrotermais atribuídos ao fácies xisto-verde com deposição de grafita em vênulas ou como resultado de reações de carbonatação. Os corpos grafitosos apresentam um alto Teor de Carbono Grafítico (TCG), analisados por infravermelho em LECO, variando de 8,70% a 15,98% e ocorrem em dois grupos distintos: aluminoso (paragnaisse e xisto) e carbonático (mármore). A litogeoquímica indica protólitos sedimentares com assinaturas influenciadas por aporte detrítico em um paleoambiente marinho, com alterações diagenéticas, mas que não foram suficientes para alterar as anomalias de Ce/Ce* (0,64 a 1,49) e U/Th (0,04 a 1,30) que sugerem um paleoambiente predominantemente óxico. Nas hospedeiras o Cg é correlacionável com as razões P/Ti, Ba/Ti, Ni e Cu o que sugere a deposição da matéria orgânica em um momento de alta paleoprodutividade orgânica. Essa configuração deposicional pode indicar que a deposição da matéria orgânica que originou a grafita resulte do aumento da paleoprodutividade gerada após o evento GOE (Grande Evento de Oxigenação), que culminou no primeiro grande evento fosfogenético do registro geológico. Essa dissertação representa uma primeira caracterização para as mineralizações de grafita do CTNI. |